14/08/2025

mente aberta

boa tarde. toda mudança começa por dentro. antes de mudar de direção, mude a forma de enxergar o caminho.

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CASE
O chocolate ético de US$ 230 milhões

(Imagem: Atlas of the Future)

Uma embalagem ousada, um jornalista e uma missão ambiciosa. Você provavelmente (ainda) não a conhece, mas essa é a Tony’s Chocolonely, a marca que quer ser o chocolate 100% livre de trabalho escravo.

Hoje, 60% da produção mundial de cacau vem de Gana e da Costa do Marfim, onde mais de 1,5 milhão de crianças trabalham ilegalmente em fazendas de cacau.

Apesar do desafio — e dos preços mais altos que o mercado — a Tony's está crescendo, alcançando receita multimilionária, ainda que não tenha se tornado lucrativa. Mas como ela está fazendo isso?

Tudo começou com uma investigação… 🔍

(Imagem: Tony's Chocolonely)

Em 2003, o jornalista holandês Teun van de Keuken descobriu que o trabalho infantil ainda era um problema sistêmico na indústria, apesar de um acordo assinado por gigantes como Hershey, Nestlé e Mars para acabar com a prática.

Tal era sua indignação que, dois anos depois, ele foi à polícia na Holanda após comer uma barra de chocolate e exigiu ser preso — chegando a pedir a um juiz que o condenasse por escravidão infantil.

Contextualizando: Na União Europeia, se você estiver ciente de algo e ainda assim permitir que aconteça, estará infringindo a lei e poderá ser preso por até quatro anos.

Depois de tentativas frustradas de convencer a Nestlé a lançar uma barra livre de trabalho infantil, Teun decidiu que ele mesmo precisava criar uma. Assim, em 2005, nasceu a Tony's Chocolonely.

  • "Tony" é a versão internacional de Teun;

  • "Chocolonely" (chocolate solitário) refletia o sentimento de que ele estava em uma jornada solitária para mudar a indústria.

Mas não bastava ser mais uma marca

Para simbolizar a desigualdade na cadeia de produção do cacau, a barra da Tony's é dividida em pedaços desiguais. Alguns formatos representam os países da África Ocidental de onde a marca obtém seu cacau.

A estratégia deu certo. A Tony's cresceu rapidamente na Holanda e, a partir de 2014, começou sua expansão internacional, chegando aos EUA em 2015. Hoje, seus produtos são vendidos em grandes varejistas como Target e Walmart.

Só em 2024, o faturamento total foi de US$ 230 milhões, com crescimento impulsionado pelo uso de influencers no marketing global da marca.

🇧🇷 Inclusive, a Tony’s começou a aparecer recentemente no Brasil, com vídeos virais — como este — e presença em diversos pontos de venda online e físicos.

Imagem: @grupowaffle via Instagram

Mas nem tudo são flores… A empresa ainda não é lucrativa e opera em ponto de equilíbrio, pois escolhe reinvestir seus ganhos em crescimento, como em uma nova fábrica em Chicago.

Além disso, o caminho para o chocolate ético não é simples. Em 2021, a Tony's foi removida de uma lista de marcas "livres de escravidão" por sua parceria com a processadora de cacau Barry Callebaut.

A empresa se defendeu, afirmando que seus grãos são totalmente segregados no processo da Barry Callebaut e que a parceria é crucial para escalar a produção e o impacto global.

Mas o episódio não mudou o foco da Tony's em “transparência radical”, relatando todos os casos de trabalho infantil que encontra em sua cadeia para poder endereçá-los. No ano fiscal de 2023, foram cerca de 1.000 incidentes.

E não parou por aí…

Além de vender suas próprias barras, a Tony's criou um segundo negócio: a “Open Chain”, plataforma B2B que permite que qualquer marca compre cacau de origem ética, seguindo os mesmos princípios da Tony's.

(Imagem: Ben & Jerry’s | Divulgação)

A iniciativa ganhou um impulso gigantesco quando a Ben & Jerry's se comprometeu a obter todo o cacau para seus sorvetes pela mesma plataforma.

O objetivo é demonstrar que um modelo de negócios ético pode ser lucrativo e escalável, assim como a Feastables — do YouTuber MrBeast — e a própria Ben & Jerry’s.

A ideia é fazer com que toda a indústria adote práticas mais justas, pagando aos agricultores um preço que lhes permita ter uma vida digna e, assim, acabar com a raiz do trabalho infantil.

Takeaways ✍️

A Tony's transformou sua barra de chocolate em uma poderosa ferramenta de storytelling, seja pelo design desigual das barras ou por sua missão — chave para o destaque dentro de um mercado já consolidado.

Além disso, a transparência radical com a comunidade — admitindo os casos em que ainda há uso de trabalho infantil — funciona como uma estratégia ousada, mas eficaz, para construir uma marca forte e confiável.

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Em caso de fatura alta, quebre o vidro

Você já deve ter tentado de tudo: app, planilha colorida e até ferramenta do próprio banco. Mas o caos continua. Fatura alta, dinheiro evaporando e objetivos meio esquecidos no caminho.

A verdade é que a vida financeira não se resolve só com boa vontade. Às vezes, o que você precisa mesmo é quebrar um vidro de emergência. E a boa notícia: o que tem dentro do vidro pra te salvar é o S1NC. Essa é a plataforma financeira que:

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GRÁFICO DO DIA

👻 Terror em alta. A fatia de bilheteria dos filmes de terror nos EUA atingiu um recorde histórico de 14,4% até agora em 2025 — um salto considerável em relação aos 9,8% do ano passado.

  • Seis filmes de terror lançados este ano já arrecadaram mais de US$ 50 milhões cada um no mundo todo. Ao todo, estão previstas pelo menos 29 grandes estreias do gênero em 2025.

Zoom out: O grande destaque do momento é A Hora do Mal, que estreou com US$ 42,5 milhões nos EUA e 100% de aprovação da crítica.

🇧🇷 E não é só lá fora. No Brasil, tanto A Hora do Mal quanto Premonição 6 registraram grandes resultados, repetindo a tendência por aqui.

E você, consegue adivinhar qual é o filme de terror com maior bilheteria da história?

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O QUE VOCÊ PRECISA SABER
Sam Altman planeja rivalizar com a Neuralink de Elon Musk 🧠

A Merge Labs, que busca desenvolver interfaces cérebro-computador de alta velocidade, está em negociações iniciais para levantar US$ 250 milhões de investidores — incluindo a OpenAI.

Segundo o Financial Times, a startup seria cofundada por Altman, mas sem atuação operacional direta do CEO da dona do ChatGPT. O projeto mira o conceito de “merge” — momento em que humanos e máquinas se fundem.

Atualmente, a Neuralink lidera o setor, com US$ 9 bilhões de valor de mercado, mas empresas como Precision Neuroscience e Synchron correm para alcançá-la. (Aprofunde)

Creators invadem o esporte escolar brasileiro 🏐

No último sábado, foi lançada a KIDS LEAGUE, iniciativa que mistura esporte físico, games e influenciadores, visando transformar o ambiente escolar em uma experiência imersiva, conectada às gerações Alpha e Z.

O vídeo de lançamento (veja aqui) já alcançou mais de 350 mil visualizações e 10 mil jovens inscritos.

Com estética dinâmica, reúne nomes como Lucaneta, Banheiristas e Raquel Freestyle, que somam 8 milhões de seguidores e alcance nacional. Liderada por Ivan Ballester, a liga quer combater o sedentarismo infantil e falar a linguagem dessa geração hiperconectada. (Aprofunde)

Microsoft quer os craques da Meta 💼

A gigante do software montou uma lista dos engenheiros e pesquisadores de AI mais cobiçados da empresa do Tio Zuck, incluindo nomes de equipes estratégicas como Reality Labs e Meta AI Research.

Para convencê-los, está igualando ou superando pacotes milionários da rival — que chegam a US$ 100 milhões — com ofertas personalizadas. Uma delas, inclusive, combinando salário, ações e bônus, ultrapassou US$ 4 milhões.

O objetivo: reforçar times como o Microsoft AI e o CoreAI, este último chefiado por um ex-líder de engenharia da própria Meta, tudo para dominar a corrida da inteligência artificial. (Aprofunde)

TOGETHER WITH GOOGLE CLOUD
Descobertas e oportunidades que valorizam os serviços financeiros

Com a multi-bancarização e o Open Finance, fidelizar clientes é o novo desafio do mercado financeiro. A solução? O uso estratégico da IA e de dados. O estudo finfacts, do Google Cloud, mergulha nas dificuldades e acertos das instituições brasileiras na contratação digital.

NÚMERO DO DIA
US$ 1

Nesta terça-feira (12/08), a Anthropic anunciou que oferecerá diferentes versões de seu chatbot Claude aos três poderes do governo dos EUA, cobrando apenas US$ 1 por agência durante um ano.

A estratégia? Abrir mão de receita agora para ganhar influência, entender as aplicações mais utilizadas e se posicionar como peça-chave na corrida pela liderança da AI no setor público americano.

🤖 Zoom out. A jogada acompanha o movimento da OpenAI, que, na semana anterior, fez a mesma oferta com o ChatGPT Enterprise. O Google também estaria negociando para fornecer seu chatbot Gemini a funcionários do governo federal em condições semelhantes.

AROUND THE WEB

(Imagem: Forbes)

(Imagem: USA Today)

(Imagem: Unsplash)

RODAPÉ

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