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01/05/2025
o trabalho e o descanso
boa tarde. primeiro de maio, feriado do dia do trabalho. uma ótima oportunidade para nos lembrar de: (i) não subestimar o valor do trabalho e (ii) não subestimar o valor do descanso. aproveite essa quinta para ganhar clareza e voltar renovado.

In today’s edition:
🛸 Disney: De uma galáxia distante para um reembolso de R$ 3 bilhões;
🔥 As notícias que estão em alta no mundo dos negócios;
🤝 Os maiores parceiros comerciais do Brasil;
🚀 Spotify atinge cifra recorde de pagamentos para criadores de podcasts;
📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.
Quinta-feira, 01/05/2025
CASE
Como a Disney economizou US$ 570 milhões em Star Wars

(Imagem: Collider)
O ano era 2012. A Disney acabava de desembolsar US$ 4 bilhões para comprar a Lucasfilm — a empresa por trás de Star Wars. Era um movimento ousado, mas a conta era pensada.
A missão agora era clara: transformar essa aquisição em lucro real. Só que, para isso, eles precisavam de algo mais do que sabres de luz: uma estratégia financeira intergaláctica. E eles a encontraram no Reino Unido.
Uma jogada digna de Mestre Jedi
No mesmo ano da compra da Lucasfilm, a casa do Mickey anunciou uma nova trilogia, incluindo os episódios VII, VIII e IX. Como se isso não fosse motivo suficiente para entusiasmar os fãs de Star Wars, a Disney ainda deu mais uma cartada…
Trouxe parte do elenco original, incluindo Carrie Fisher (Princesa Leia), Mark Hamill (Luke Skywalker) e Harrison Ford (Han Solo), e os juntou aos estreantes Daisy Ridley e John Boyega. Um mix dos veteranos consagrados com a nova geração.

Carrie Fischer (esquerda), Mark Hamill e Harrison Ford na Comic-Con em 2015 (Imagem: Entertainment Weekly)
Ou seja, o Episódio VII, que seria lançado em 2015, já tinha todas as características de um filme épico antes mesmo das câmeras começarem a filmar.
No entanto, para garantir que o filme realmente fosse um sucesso — e compensasse produções menos lucrativas —, a Disney não mediu esforços e investiu mais de US$ 530 milhões para produzi-lo. O longa foi o mais caro já feito.
Mas a genialidade não veio só dessa decisão 🧠
Em vez de gravar o novo filme nos estúdios tradicionais de 🇺🇸 Hollywood, a casa do Mickey transferiu toda a produção para o 🇬🇧 Reino Unido.
O motivo? Um programa do governo britânico chamado Audio-Visual Expenditure Credit (AVEC), que reembolsa até 25,5% dos gastos elegíveis de uma produção realizada no país.
Com a exigência de que ao menos 10% do orçamento fosse gasto na terra do chá — e com a criação de uma entidade jurídica local para cada projeto —, o programa se tornava um verdadeiro paraíso fiscal para produções de grande porte. Assim, Star Wars permaneceu por lá.
A cada novo filme ou série, a Disney criava uma empresa específica no Reino Unido e, com isso, tornava públicos os números por trás dos bastidores.
O resultado 🤑
Os custos de produção de 7 projetos da saga Star Wars no Reino Unido, após a aquisição da Lucasfilm, ficaram em torno de US$ 3,2 bilhões. Mas, com a ajuda do AVEC, esse valor caiu para US$ 2,6 bilhões.
Ou seja, a casa do Mickey recuperou incríveis US$ 570,4 milhões. Em outras palavras, um desconto de 18%. Lucro para a Disney. Empregos para o Reino Unido.

(Imagem: Forbes)
Na bilheteria, os filmes arrecadaram US$ 4,2 bilhões. Após descontar os custos totais (produção, marketing etc.), sobrou um lucro estimado de US$ 1 bilhão. Sem o incentivo britânico, esse valor teria sido cortado quase pela metade.
Em 2024, incluindo filmes, atrações e produtos como brinquedos e videogames, a Disney apontou que a Lucasfilm gerou quase US$ 12 bilhões em valor para a empresa — um retorno sobre o investimento de 2,9x. A Lucasfilm também inclui a franquia Indiana Jones.
Mas não foi só a Disney que saiu ganhando 📽️
Em 2019, as produções audiovisuais movimentaram mais de US$ 10 bilhões na economia do Reino Unido e criaram quase 70 mil empregos.
Mesmo durante as greves de roteiristas e atores em 2023, o Reino Unido se manteve ativo. Quase 80% dos gastos com produções locais vieram de estúdios estrangeiros — com a Disney liderando esse fluxo.
A casa do Mickey, inclusive, prometeu investir mais US$ 5 bilhões na região nos próximos 5 anos.
AVEC: o crédito que está mudando o jogo
O AVEC não é apenas um “desconto”. É uma peça estratégica que reposicionou o Reino Unido como um dos polos criativos mais importantes do cinema global.
![]() Set da série Andor em Dorset, Inglaterra (Imagem: BBC) | Em vez de depender de subsídios pontuais, criou uma política previsível e transparente — o que deu segurança para gigantes como Disney, Warner e Netflix planejarem décadas de conteúdo. O modelo é tão eficiente que outros estados americanos, como a Califórnia, começaram a expandir seus próprios programas de incentivo para evitar a fuga de produções. 🐭 A Disney talvez seja realmente o case mais expressivo. Além de Star Wars, a empresa gravou 17 produções da Marvel e 13 remakes live-action no Reino Unido — todos com apoio do AVEC. |
Voltando a falar de Lucasfilm…
Um novo capítulo está por vir: The Mandalorian & Grogu, previsto para 2026, e uma nova trilogia em desenvolvimento.
Além disso, a Disney e a Epic Games estão fortalecendo sua parceria com um novo mundo jogável de Star Wars e a estreia de um novo desenho animado dentro do Fortnite.
PS: Desde a semana passada, a Disney relançou o filme A Vingança dos Sith nos cinemas para comemorar os 20 anos do longa.
PS(2): Aos fãs da franquia, desejamos um feliz Star Wars Day no próximo dia 04/05 — “May the 4th Be With You”.
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E você, será que consegue adivinhar qual é o colecionável de Star Wars mais caro já vendido? |
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(Imagem: Forbes)
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TOGETHER WITH CRMBONUS
Negócios inteligentes vão além de Google e Meta. E o seu?
Você que tem um negócio sabe: está cada vez mais caro anunciar e atrair novos clientes.
O jogo da aquisição ficou competitivo — com todo mundo disputando cliques nos mesmos lugares: Google, Meta...
Mas e se existisse um jeito de alcançar 6 milhões de consumidores prontos pra comprar, e levar mais vendas para sua loja física ou e-commerce — sem gastar com mídia?
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GRÁFICO DO DIA

2009. Naquele ano, a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil. Desde então “nada mudou”.
O nosso 首要合作伙伴 (parceiro principal, em mandarim) é responsável por cerca de 26% das nossas exportações, com US$ 19,8 bilhões só no primeiro trimestre de 2025.
Curiosamente, o top-10 não mudou muito desde o ano passado. O que mais chamou atenção foi a queda de 13,4% da participação justamente da China, em relação aos primeiros três meses de 2024.
DEEP DIVE
“Não importa quem somos ou o que fazemos, ninguém pode ocupar o nosso lugar em nossas famílias.”
Para Indra Nooyi, que foi CEO da PepsiCo entre 2006 e 2018, um dos maiores aprendizados que teve durante seus primeiros 10 anos à frente da empresa foi sobre a importância da humildade e da necessidade de equilibrar sua identidade profissional com seus papéis pessoais.
Ela admite, no entanto, que raramente conseguiu ser o tipo de mãe, esposa, funcionária e pessoa que desejava ser — tudo ao mesmo tempo.
Muitas vezes, ela teve que fazer escolhas difíceis, especialmente quando se tratava de sua liderança como CEO.
Esse e outros aprendizados são abordados por Nooyi em seu famoso artigo “Deixe a coroa na garagem: o que aprendi em uma década como CEO da PepsiCo”. Clique aqui para ler na íntegra.
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Dia do Trabalho (ou melhor, trabalho muito e ganho pouco)
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NÚMERO DO DIA
+US$ 100 milhões
Esse é o valor que o Spotify pagou a criadores de podcasts e editores em todo o mundo durante o primeiro trimestre de 2025. Isso inclui:
Receita publicitária gerada por podcasts de áudio e vídeo;
Pagamentos feitos a determinados criadores e editores por meio do Programa de Parceiros do Spotify, com base no tempo que os usuários passam ouvindo podcasts na plataforma sem anúncios.
📺 The Big Picture: o Spotify tem dado grande ênfase aos podcasts em vídeo, à medida que tenta convencer mais hosts de que sua plataforma pode gerar receita significativa.
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a maior plataforma de streaming em termos de compartilhamento de receita: o YouTube.
Em fevereiro de 2024, o CEO Neal Mohan afirmou que a gigante dos vídeos pagou mais de US$ 70 bilhões a criadores — incluindo podcasters — entre 2021 e 2024.
AROUND THE WEB
📢 Papo imperdível. Nosso CEO, Hernane, e seu irmão, Gabriel, fundador da BOLD, se juntam para falar sobre negócios e família
🤖 Muitos usam, poucos sabem explicar o que é? Tudo o que você precisa saber sobre AI generativa (que inclui o ChatGPT) em apenas 3 minutos
🦉 Soltou a “braba”. Duolingo libera e-mail do CEO que fala sobre a mudança que ditará o foco da empresa
🏎️ A verdadeira foto de respeito. Publicação mais curtida da história da F1 no Instagram gerou aproximadamente US$ 400 mil em valor de marca
—
RODAPÉ
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THE BIZNESS
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