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04/01/2025
não desista
boa tarde. o maior risco é não correr nenhum risco. não importa quantas vezes você falhou, você só precisa acertar uma vez.
In today’s edition:
✈️ Como surgiram os programas de milhas aéreas;
🔥 As notícias que estão em alta no mundo dos negócios;
🍗 Como o humor amenizou uma das piores crises do KFC;
🇺🇸 Principais exportações do Brasil para os EUA;
📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.
Terça-feira, 04/02/2025
CASE
A origem de um dos maiores trunfos das companhias aéreas
No final da década de 1970, as grandes companhias aéreas americanas como American Airlines, United e companhia perderam parte do seu controle de mercado por conta da Lei de Desregulamentação de Companhias Aéreas nos EUA em 1978.
Com isso, o governo federal removeu o controle sobre tarifas, rotas e entrada de novas airlines, levando a um grande crescimento no número de voos e diminuição dos preços. Isso fez com que as transportadoras tradicionais repensassem o seu modelo de negócio.
Em 1979, a Texas International Airlines introduziu um esquema em que os passageiros recebiam recompensas e benefícios com base no quanto voavam. Era um sistema simples e não durou muito.
Já no início da década de 80, a American Airlines reuniu uma pequena equipe para juntar ideias… Até que veio a inspiração: Selos de cartas.
O motivo? Eles podiam ser coletados em diversas lojas e trocados por recompensas como relógios e câmeras. Eis que, em 01/05/1981, foi introduzido o AAdvantage, inicialmente um programa de adesão apenas para convidados.
A companhia aérea utilizou o seu sistema de reservas para identificar os viajantes mais frequentes e os convidava a aderirem. Isso logo foi aberto a mais pessoas à medida que o conceito (e a disponibilidade) aumentava.
Acontece que a reação veio rápida por parte de seus competidores. No mesmo ano, tanto a United quanto a Delta lançaram seus programas de milhas, enquanto a British Airways inaugurou o seu no ano seguinte.
(Imagem: New York Times Archive 1981)
No entanto, a consequência disso é que todos os “passageiros frequentes” queriam pertencer aos programas de todas as empresas. Isso fez com que as empresas tivessem que agir novamente.
Em 1982, o AAdvantage se tornou o 1º loyalty program a cooperar com uma transportadora internacional, em que seus membros poderiam acumular e resgatar milhas em voos da British Airways para a Europa;
Já 1988, veio a Triple Mileage Mania. Em janeiro, a Delta prometeu que os membros do seu programa de fidelidade receberiam o triplo de miles para qualquer voo da empresa que fosse comprado no cartão American Express.
O resultado: Mais de 500 mil pessoas se cadastraram, enquanto outras 15 mil pessoas assinaram o Amex apenas para participar. Além disso, todas as grandes companhias aéreas lançaram sua versão do benefício.
Por em parcerias com cartões de crédito…
As milhas tornaram-se uma moeda à medida que os programas de passageiro frequente começaram a atrair atenção e capital de fora da indústria da aviação, especificamente dos bancos.
As companhias aéreas começaram a vender miles a essas instituições financeiras em troca de dinheiro, que, em contrapartida, passaram a oferecer milhas aos titulares do cartão como recompensa.
Seus loyalty programs se tornaram um negócio muito lucrativo, mas deixaram de ser apenas sobre “passageiros frequentes”. O quanto alguém gasta numa passagem se tornou mais importante do que a distância que ela voa.
Na prática, isso significava que a pessoa não precisava ser aquela cuja chefe a enviava em viagens de negócios 4 dias por semana para coletar benefícios. Agora, ela poderia acumular muitos pontos simplesmente pagando com cartão de crédito. Veja abaixo como estava a situação em 2014.
(Imagem: Well Traveled Mile)
Com isso, passou a gerar uma dúvida ao longo dos anos: Teriam as companhias aéreas se transformado em algo parecido com os bancos?
Segundo Scott Chandler, vice-presidente sênior da American Airlines, “não há programa [de passageiro frequente] sem companhia aérea”. Contudo, o papel dele nas suas finanças das empresas tornou-se proeminente e difícil de ignorar.
Hoje, em alguns trimestres ou partes do ano, a operação real da companhia aérea não dá lucro. Ou seja, custa mais transportar passageiros do que o montante pago por eles às empresas.
O que pode preencher as lacunas é o programa de fidelidade e os cartões de crédito emitidos junto aos bancos, que proporcionam às airlines uma pequena receita cada vez que um cliente compra com o credit card.
Em 2023, a American Airlines ganhou mais de US$ 5 bilhões com seu cartão de crédito e outras parcerias, enquanto a Delta ganhou US$ 6,8 bi.
Looking forward: Uma pesquisa da McKinsey mostrou que a capacidade desses programas de mudar o comportamento dos passageiros diminuiu entre 2017 e 2021, e novamente entre 2021 e 2023. Aprofunde aqui.
Logo, as companhias aéreas estão constantemente recalibrando os seus loyalty programs para manter a sua vantagem econômica. O que significa que, embora você possa acumular milhas em quase todos os lugares, o quanto elas podem render ficará sempre em aberto.
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(Imagem: Máquina do Esporte)
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GRÁFICO DO DIA
Os Estados Unidos são o 2º principal destino das exportações brasileiras, com US$ 40,3 bilhões em vendas para a Terra do Tio Sam só em 2024 — atrás apenas da China nesse quesito
Por outro lado, o Brasil importou o equivalente a US$ 40,6 bilhões dos EUA, com destaque para o gás natural, que foi responsável por boa parte do crescimento no valor. Clique aqui para ver o ranking completo.
Não é de hoje. A parceria comercial entre os dois países vem desde 1824, quando os EUA reconheceram a independência e assinaram o primeiro tratado comercial com os brasileiros.
INSIGHT
Como uma pitada de humor pode contorna uma crise
(Imagem: Campaign)
O ano era 2018. No dia 14 de fevereiro, centenas de unidades da marca KFC no Reino Unido foram forçadas a fechar temporariamente por conta de uma… Escassez de frango — sim, você leu certo.
Acontece que a rede de fast food havia recentemente trocado de distribuidor, com o novo realizando entregas para TODOS os restaurantes a partir de apenas UM único armazém em Rugby.
Só que três acidentes rodoviários ocorreram perto da cidade, paralisando completamente a distribuição do KFC. O resultado? No dia 19/02 a crise do KFC saiu do controle:
Dos cerca de 900 locais do KFC no Reino Unido, quase 90% estavam fechados;
No dia seguinte, #KFCCrisis estava em alta no Twitter.
Mas antes disso, a marca já havia decidido agir, e decidiu usar o humor para tentar amenizar a crise era responder com humor.
Primeiro, eles publicaram um anúncio de jornal de página inteira reorganizando as letras de seu logotipo para soletrar “FCK” (no bom português, b**ta). Veja aqui.
Já no dia 17/02, o KFC redobrou o humor com postagens nas redes sociais dizendo: "A galinha atravessou a rua, mas não para os nossos restaurantes.”
The Colonel is working on it.
— KFC UK (@KFC_UKI)
12:27 PM • Feb 17, 2018
O resultado: Entre as duas ações, houve mais de 1 bilhão de impressões em 3 meses — culminando em 3 Leões de Ouro no Cannes Lions, o Óscar da publicidade. Isso sem contar que os clientes passaram a confiar mais na empresa. Aprofunde aqui.
Takeaway
A campanha só funcionou porque combinou honestidade com humanidade. Por um lado, o KFC se desculpou, explicou o que aconteceu e assumiu total responsabilidade para resolver o problema.
Por outro, tanto o “FCK" quanto "A galinha cruzou a rua..." desarmou os clientes irritados com humor e, ao mesmo tempo, deu uma personalidade à resposta com a qual as pessoas poderiam se identificar.
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