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04/09/2025
energia coletiva
boa tarde. o esforço de cada um soma para criar algo maior do que qualquer indivíduo conseguiria sozinho.

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CASE
Como a Swatch “salvou” a relojoaria suíça — e agora luta contra o tempo

(Imagem: @theretroshow via YouTube)
O ano é 1983. Nicolas Hayek, empresário visionário, apresenta ao mundo um relógio barato, divertido e cheio de estilo.
Era o nascimento do Swatch, que em pouco tempo seria conhecido por milhões de pessoas e creditado por muitos como o produto que “salvou” a indústria suíça de relógios.
Naquela época, o setor vivia a chamada crise do quartzo: modelos japoneses, como os da Seiko, eram mais baratos, precisos e práticos do que os tradicionais suíços. Em poucos anos, o número de fabricantes no país caiu de 1.600 para 600.
Maaas… o Swatch mudou o jogo.

(Imagem: The Watch Collectors’ Club)
Feito em escala industrial, acessível e visto como item de moda, ele se tornou um fenômeno global. Só no primeiro ano, vendeu mais de 1 milhão de unidades. Em poucos anos, eram dezenas de milhões.
O conceito era simples: o Swatch, de “second watch”, (segundo relógio), não é era apenas para marcar as horas, mas para expressar identidade. Havia de tudo:
Cores vibrantes
Colaborações com artistas
E, em 2019, até teve um modelo desenhado por um porco, o Pigcasso (não, não é meme) — veja aqui.
Esse sucesso permitiu que o Swatch Group — hoje dono de marcas como Omega, Tissot, Longines, Blancpain e Breguet — ganhasse fôlego financeiro para resgatar as marcas de luxo suíças e se tornasse um dos maiores conglomerados relojoeiros do mundo.
Durante os anos 1990 e 2000, a empresa construiu um império de marcas para todos os públicos: dos infantis Flik Flak aos sofisticados Breguet. No meio, reinava o segmento médio, com Longines e Tissot.
O marketing da época também surfava essa energia jovem. Campanhas irreverentes e edições limitadas mantinham a Swatch como ícone cultural — não só um relógio, mas um acessório de moda que competia com tênis e óculos em popularidade. Confira o ad abaixo.
Mas os tempos mudaram… literalmente.
Nos anos 2010, smartphones e smartwatches reduziram drasticamente a relevância dos relógios de entrada e médios, deixando o luxo como principal motor do setor. O problema? O Swatch Group dependia justamente do meio de campo.
Para piorar, a dependência da Ásia — e da China, que sozinha respondeu por 27% das vendas em 2024 — virou vulnerabilidade. O esfriamento do consumo na região reduziu os lucros. Só no primeiro semestre de 2025, o lucro global da companhia caiu quase 90%.
E então veio o golpe externo: os EUA impuseram uma tarifa de 39% sobre produtos suíços, o que poderia cortar lucros de indústrias como chocolates e relojoaria.
Mas os problemas não são só externos.
A sucessão do fundador Nicolas Hayek trouxe a gestão para os filhos, que controlam 44% dos votos. Essa estrutura familiar, fechada a investidores e pouco transparente, gerou atrito com acionistas — a ponto de atrair ativistas tentando assento no conselho.
No campo da inovação, há lampejos. O MoonSwatch, releitura acessível do icônico Omega Speedmaster, lançado em 2022, virou febre global: mais de 1 milhão de unidades vendidas no primeiro ano.

(Imagem: GQ)
Mas… foi uma exceção. O grande desafio da Swatch é relevância cultural. Enquanto marcas de luxo como Rolex e Cartier reforçam prestígio, e Apple domina o pulso tecnológico, a Swatch perdeu espaço no imaginário jovem. Faltam colaborações, influenciadores certos e narrativas que façam barulho.
Outro ponto: ao controlar a maior parte de suas próprias lojas, a empresa ficou isolada do ecossistema de varejo e storytelling da indústria, reduzindo oportunidades de exposição.
E talvez esteja aí uma das maiores ironias: a marca que nasceu como revolução cultural nos anos 80 hoje sofre justamente por não conseguir mais gerar a mesma conversa nas ruas, nos feeds e nas vitrines.
O resultado? Apesar da herança e da escala (é o maior grupo em volume do mundo), o Swatch Group se vê pressionado como nunca — com ações no nível mais baixo em 16 anos.
Takeaways ✍️
O Swatch já provou que pode reinventar a indústria — mas hoje sofre por não conseguir replicar a ousadia dos anos 80.
Depender de segmentos médios em um mercado que migrou para extremos (luxo e tech) é um risco estrutural.
Inovação isolada (como o MoonSwatch) não basta: relevância exige consistência, narrativas fortes e presença cultural.
A Swatch pode até ter “salvado” a relojoaria suíça no passado, mas, agora, a pergunta que fica é: quem vai salvar a Swatch?
TOGETHER WITH GOOGLE CLOUD
O setor financeiro brasileiro é reconhecido como um dos mais avançados em tecnologia. Agora, a chegada da Inteligência Artificial amplia ainda mais as possibilidades de segurança, personalização e eficiência.
Para entender como as instituições estão lidando com esse cenário, o Finfacts 2025, estudo do Google Cloud, analisou os processos digitais de 19 bancos e fintechs, com uma metodologia que avaliou mais de 50 pontos de usabilidade, infraestrutura e atendimento.
O resultado reúne 31 descobertas exclusivas, destacando desafios, acertos e oportunidades que podem redefinir a contratação de serviços financeiros nos próximos anos.
👉 Você pode baixar o estudo completo aqui.
GRÁFICO DO DIA

🛢️ Sede de petróleo. Juntos, China e EUA consumiram mais de 35 milhões de barris por dia em 2024, o que representou quase 35% da demanda global.
🇧🇷 O Brasil ficou na 8ª posição, tanto como produtor quanto como consumidor, com um consumo de 2,6 milhões de barris por dia e uma produção de 3,5 milhões de barris diários.
🇮🇳 A Índia foi quem mais se destacou, com o consumo crescendo em média 3,8% ao ano na última década — e deve tornar-se o principal motor da demanda global até 2030. Confira relatório completo.
O QUE VOCÊ PRECISA SABER
Anthropic levanta US$ 13 bilhões e dispara valuation 🚀
É isso mesmo que você leu. A Anthropic — dona do Claude e uma das maiores concorrentes da OpenAI — levantou uma rodada Série F de US$ 13 bilhões e alcançou um valor de mercado de US$ 183 bi.
Com isso, a empresa agora vale quase 3x mais do que em março deste ano, uma taxa de crescimento impressionante — e que não é apenas hype.
Isso porque a Anthropic já atende mais de 300 mil clientes corporativos e tem um faturamento anualizado de US$ 5 bilhões (5x maior que no início de 2025), consolidando-se como a vice-líder do setor de AI. (Leia mais aqui).
Ouro atinge alta recorde 📈
Mais de US$ 3.500 por onça. Este foi o valor que o ouro atingiu nesta quarta-feira (03/09), renovando recordes pela segunda sessão consecutiva.
O crescimento foi impulsionado pela forte aposta dos investidores na queda da taxa de juros nos EUA ainda neste mês, o que torna a commodity mais atrativa.
🔮 Looking Forward: A expectativa é que o ouro atinja US$ 4.250 até o final de 2026. (Leia mais aqui).
A creatina mudou de público-alvo? 💪
O que antes era visto como um “suplemento de marombeiro” se tornou uma tendência entre mulheres e adultos mais velhos, segundo a Bloomberg.
Essa alta se deve em grande parte a influencers de neurociência e performance que, ao divulgar benefícios além do físico, ajudaram o suplemento a explodir no Google, nas prateleiras e nas casas ao redor do mundo. (Leia mais aqui).
TOGETHER WITH NUVEMSHOP
O que separa marcas comuns de cases milionários?
Até 30% do seu faturamento pode estar indo pro bolso de terceiros sem você notar. A Uana Amorim percebeu isso e decidiu assumir o controle e, com a Saint Germain, bateu R$1 milhão em vendas de relógios no 1º ano.
Se você quer entender como, o D2C Summit é o palco certo: o maior evento de e-commerce B2C do Brasil. 👉 Descubra aqui e use o cupom THENEWS para 15% OFF.
NÚMERO DO DIA
US$ 3,25 bilhões
Esse foi o valor captado pelo Brasil em sua nova emissão de títulos no exterior, segundo o Tesouro Nacional.
A demanda superou a oferta em 2,6x, com o livro de ordens chegando a US$ 4,5 bilhões em seu pico.
Cerca de 90% dos investidores eram estrangeiros, com destaque para a Europa e a América do Norte.
🔮 O movimento reforça o “apetite global por dívida brasileira”, considerando que esta é a terceira emissão externa do ano. Nas duas operações anteriores, foram levantados US$ 5,25 bilhões. Aprofunde aqui.
EXTRA
Você é só mais um?
Todos os dias você é bombardeado por 4 a 10 mil anúncios. E se te perguntarmos agora quais marcas realmente ficaram na sua cabeça, você vai lembrar de 2 a 4, no máximo.
Então, qual é o segredo das marcas que não se perdem nesse mar de barulho?
Existe uma fórmula. Com a força da AI, todas as categorias viraram commodities — e só quem entende como conquistar atenção consegue se destacar. É isso que o CEO do the news conta para você nesse material exclusivo.
AROUND THE WEB
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