07/05/2024

coragem

boa tarde. se você pretende fazer algo novo ou inovador, precisa estar disposto a ser incompreendido. pegue seu café (sem açúcar) e aproveite a leitura.

Como a Blockbuster foi de líder de mercado a quase inexistente
INFOGRÁFICO #267

Quando falamos sobre entretenimento em casa, hoje, quem domina as conversas são as plataformas de streaming.

  • No entanto, em um passado não tão distante, a rainha tinha nome: Blockbuster.

Por mais que muitos das novas gerações não tenham realmente vivenciado a experiência de ir a uma das unidades da rede de locadoras de vídeos, seu papel foi fundamental para a indústria do entretenimento.

Em seu auge, a empresa teve mais de 9.000 lojas espalhadas pelo mundo. Hoje, apenas uma exibe o clássico logo em suas tradicionais cores azul e amarelo.

(Imagem: The Washington Post | Divulgação)

O nascimento de um fenômeno

Em 1985, após trabalhar com software de computadores, o americano David Cook decidiu se aventurar no empreendedorismo e inaugurou a primeira Blockbuster na cidade de Dallas, no Texas.

O nome faz referência ao termo utilizado pela indústria cinematográfica dos EUA para filmes que faturam milhões — às vezes bilhões — de dólares em bilheteria.

Mesmo que, hoje, você enxergue “atraso” quando pensa em Blockbuster, saiba que o diferencial dela sempre foi seu processo moderno e tecnológico.

Diferente de suas competidoras, a locadora de Cook tinha (i) um processo de check-out computadorizado e (ii) e um catálogo com cerca de 8 mil fitas VHS.

  • Os concorrentes só conseguiam oferecer algumas centenas de longas-metragem.

À época, a Blockbuster era o único lugar em que as pessoas conseguiam alugar os filmes exibidos mais recentemente no cinema.

O foco no cliente, prezando por um catálogo diversificado, junto à inovação no processo de manutenção de base de dados fez com que a empresa criasse adesão e crescesse rapidamente.

E que crescimento. Em 1987, ela recebeu um aporte de US$ 18,5 milhões. Dois anos depois, a Blockbuster se tornou a maior rede de locação de vídeos nos EUA, com mais de 900 unidades.

No início da década de 1990, começou a temporada de aquisições. A companhia passou a comprar redes menores nacionais e internacionais e, em 1992, chegou à marca de 2.800 lojas. Olhe o vídeo nostálgico abaixo:

O erro que muitos consideram o começo do fim

Em 1994, a Blockbuster foi comprada pela Viacom (hoje Paramount Global) por US$ 8,4 bilhões.

Sob nova liderança, especialmente com a entrada de John Antioco como CEO em 1997, a evolução da empresa tomou novas proporções e fechou o milênio em grande estilo:

  • Abertura de capital na bolsa de valores;

  • 6 mil unidades no mundo.

No entanto, logo em 2000, a Blockbuster receberia uma oferta em “sua mesa”: comprar uma tal de Netflix por US$ 50 milhões.

A proposta era simples: A gigante do streaming, que na época enviava filmes por correios, iria administrar a marca Blockbuster no online. Em troca, Antioco e sua equipe promoveriam a Netflix dentro das unidades da empresa.

Maaass... Os cofundadores da Netflix, Marc Randolph e Reed Hastings, foram praticamente “debochados” ao propor essa ideia.

Curiosidade: Dizem por aí que uma das possíveis razões que motivou a criação da Netflix foi que Hastings estava indignado por ter quer pagar uma multa de atraso de US$ 40 para a Blockbuster.

Por mais que hoje a decisão por parte da Blockbuster seja chocante, à época não foi tão surpreendente… Tanto que a empresa seguiu crescendo e atingiu seu auge no país em 2005.

No mundo, a Blockbuster superou as 9 mil lojas em 2004, marcando presença em mais de 15 países.

Ainda assim, com a Netflix crescendo no online — sem cobrar multa por atraso — e uma presença cada vez maior de quiosques de aluguel de vídeo automatizados no varejo, a Blockbuster começou a mudar.

A primeira mudança foi a inauguração do Blockbuster online no final de 2004 e, no início de 2005, a eliminação das multas por atraso. O problema era que empresa “lucrava” muito com essas taxas.

Ambas mudanças não agradaram a Viacom, que decidiu vender sua participação na empresa. Fast-forward para 2010, a Blockbuster é retirada da bolsa de valor de Nova York e entra com um pedido de recuperação judicial.

A empresa até foi comprada pelo Dish Network em 2011, mas, desde 2013, foi pouco a pouco fechando todas a suas unidades, mantendo apenas uma, localizada em Bend, no Colorado.

Panorama

A Blockbuster conseguiu desenvolver uma máquina operacional altamente eficiente, porém, falhou ao não se dar conta do quão dependente era em certo aspectos como, por exemplo, as multas.

Ainda assim, o pior erro da empresa não foi a falta habilidade ou não comprar a Netflix, mas sim a incapacidade de compreender e enxergar as tendências que moldariam o futuro da indústria.

PS: Se quiser aprofundar ainda mais, vale a pena assistir a esse documentário.

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(Imagem: Agência Brasil | Reprodução)

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Nenhum canal vai receber tanto $ de publicidade quanto as redes sociais

MARKETING

Em 2024, o investimento em ads nas redes sociais deve ultrapassar os US$ 247 bilhões globalmente, o que vai representar um crescimento de 14,3% na comparação ano a ano.

A cifra é um reflexo direto da crescente no consumo em social media nos últimos 10 anos.

  • Um ser humano médio passava 95 minutos nas redes em 2014. Hoje, esse número pulou para 152 minutos.

  • Por sua vez, o número de usuários entre as inúmeras plataformas aumentou 169% durante o mesmo período.

Em outras palavras, não só tem mais que o dobro de gente usando, como quem usa fica cada vez mais tempo rolando os feeds.

Por que isso importa? A Meta, dona do Facebook e do Instagram, deve superar a — toda poderosa e tradicional — TV linear em termos de gastos globais com publicidade já em 2025.

Só neste ano, a empresa do Tio Zuck projeta arrecadar mais de US$ 155 bilhões, o que seria equivalente a 63% do valor investido em social media no mundo.

Esse resultado impressionante é consequência, sobretudo, de investimentos de empresas chinesas, mas também pela popularidade de suas ferramentas de AI, como a Meta’s Advantage+, que automatiza aspectos do planejamento criativo e de mídia.

Falando em China… 🇨🇳

A receita publicitária do TikTok deve superar os US$ 23 bilhões em 2024, um aumento de 18% em relação ao ano passado, porém bastante inferior ao crescimento de 88% do período anterior.

Segundo o relatório, essa projeção “negativa” ocorre mesmo com a introdução de novos formatos de anúncios de pesquisa e compras e a alta popularidade do TikTok entre as gerações mais novas.

Isso sem contar o fato que o governo americano quer banir o app do país.

Quem não tá tão feliz é o Musk

No caso do X (antigo Twitter), a perspectiva para este ano ainda é negativa, prevendo um decréscimo global de 6,4% — mas que é muito melhor do que o declínio de 46,4% entre 2022 e 2023.

Ainda assim, o que vai impulsionar os gastos na rede de Elon Musk são as eleições americanas de 2024. Neste caso, precisamos esperar para ver como será o desempenho da rede social.

Moving forward: Um dos principais desafios para todas as redes continua sendo permitir que as marcas aproveitem os seus próprios dados e análises para compreender os públicos-alvo a um nível mais profundo. Pense que, com isso, elas poderão trazer experiências muito mais personalizadas em todos os meios.

O empresário tech que está construindo um império no esporte
EXTRA

(Imagem: SLC Dunk | Reprodução)

Em 2002, o americano Ryan Smith fundou a empresa de pesquisas Qualtrics junto a seu irmão e seu pai — e também para poder passar mais tempo com o pai, que na época batalhava contra o câncer.

Não só seu pai melhorou como a empresa se tornou um sucesso. Em 2018, ela foi comprada pela SAP por US$ 8 bilhões.

Com dinheiro no bolso, Ryan foi viver sua paixão pelo esporte… Comprando equipes profissionais:

  • 2020: Adquiriu o Utah Jazz, da NBA, por US$ 1,6 bilhão;

  • 2022: Pagou US$ 400 milhões pelo Real Salt Lake, time de futebol da MLS;

  • 2023: Depositou US$ 2 milhões pelo Utah Royals, time da liga de futebol feminina (NWSL).

  • 2024: Pagou US$ 1,2 bilhão para levar um time hóquei no gelo, da NHL, do Arizona para Utah.

Como ele realmente parece não saber brincar, Ryan convenceu legisladores de aprovar um projeto de lei para reformar o centro de Salt Lake City, capital do estado de Utah, e transformá-lo em um distrito de entretenimento.

Será que o próximo passo é NFL? É bom os donos dos times de futebol americano ficarem de olhos bem abertos… risos.

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