10/12/2024

UM OFERECIMENTO

In today’s edition:

  • 👟 O acordo que levou a Adidas do céu ao inferno;

  • 🔥 As notícias que estão em alta no mundo dos negócios;

  • 🧱 Seriam os games o novo foco dos parques de diversões?;

  • 💰 Os maiores bancos de investimento do mundo.

  • 📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.

CASE
Como Kanye West colocou a Adidas em uma baita saia justa

(Imagem: Bloomberg News)

O ano era 2013. O astro do hip hop, Kanye West, entrava na sede da Adidas com uma afirmação ousada e um tanto polêmica: A Nike trata os colaboradores famosos como mascotes. Quero construir um império.

Contextualizando: O músico tinha uma parceria com a gigante americana desde 2009 e, bom… Já parecia bastante insatisfeito àquela altura.

A maioria achou que ele estava louco, mas a Adidas via aqui uma oportunidade de se transformar em uma verdadeira potência cultural. E o melhor, seguindo uma fórmula similar à de sua grande concorrente:

  • ⛹️‍♀️ Atletas = Desempenho

  • ⭐️ Celebridades = Marketing

Contudo, Kanye queria borrar essas linhas e exigiu controle criativo total, royalties em cada venda e uma equipe de design dedicada. A Adidas concordou e o acordo foi sem precedentes:

O músico recebeu 15% de royalties, 10pp a mais do que a Nike deu a Michael Jordan. Em troca, ele prometeu tornar a Adidas cool again — algo que a empresa não conseguia alcançar desde que a Run DMC usava o Superstars nos anos 80.

O mundo dos calçados recebeu essa notícia praticamente como uma piada, mas já em seu primeiro lançamento na casa nova, os Yeezy quebraram a internet.

  • 9.000 pares deram SOLD OUT em 10 minutos;

  • Preços de revenda atingiram US$ 3 mil.

O resultado fez com que as ações da Adidas saltassem 7% em um único dia. Só que, muito além das vendas, a nova parceria se tornava um movimento cultural. Em 2017, o preço de resale do modelo ficou acima de US$ 2 mil em quase todos os meses do ano.

(Imagem: Highsnobiety)

🎬️ Corta para 2021. Os Yeezy eram um fenômeno, com bots derrubando sites em segundos e pares de tênis sendo vendidos por 10x o preço de varejo. Até designs "feios" viravam tendências.

O modelo não estava apenas gerando dinheiro, mas tornando a Adidas relevante para uma geração inteira.

Tudo começou a desmoronar em 2022

Em outubro daquele ano, Kanye apareceu no InfoWars, uma das maiores e mais controversas plataformas de mídia alternativa, que levou o conspiracionismo a públicos maiores.

Suas visões antissemitas deixaram as pessoas absolutamente indignadas. Pouco tempo depois, outras marcas cortaram relações com o músico.

  • A Balenciaga cancelou US$ 100 milhões em projetos;

  • A Gap retirou os produtos em collab das prateleiras de suas unidades.

E a Adidas? Naquele primeiro momento, ficou em silêncio. Acontece que o Yeezy não era apenas mais uma linha de produtos, mas representou 10% do faturamento da Adidas em 2021 e o motivo pelo qual suas ações subiram 300% desde 2015.

Além disso, a empresa alemã tinha US$ 1,3 bilhão em estoque dos calçados feitos em parceria com Kanye, milhares de empregos em jogo e ações já em queda de 66% naquele ano.

Eles precisavam encontrar a solução menos prejudicial, mas o dano já estava feito. A #BoycottAdidas foi tendência por 2 semanas, organizações judaicas fizeram protestos, funcionários ameaçaram pedir demissão.

Eis que, no dia 25 de outubro, a Adidas fez sua escolha: encerrou a parceria, mesmo sabendo que isso lhe custaria seu primeiro prejuízo anual em 31 anos.

Antes do anúncio, os críticos em relação ao silêncio da empresa relembraram o fato dela ter sido fundada por um membro do Partido Nazista. Segundo eles, a marca deveria ter tolerância zero ao antissemitismo.

Para que a situação não ficasse pior do que já estava, a Adidas optou por vender os Yeezy e doar os lucros para organizações que combatem o racismo e o ódio. By the numbers: US$ 750 milhões somente em vendas em 2023.

Mas a história do Kanye West não termina aí...

Em 2024, o músico volta da maneira mais inesperada com um anúncio de zero dólares em custo de produção — filmado em seu carro — transmitido durante o milionário intervalo do Super Bowl para promover o YZY PODS, um híbrido de meia e sapato. Lembra?

O resultado: Sem nenhum grande apoio, ele movimentou mais de 280 mil pares, gerando uma receita de mais de US$ 19,3 milhões nas primeiras 24 horas.

Tal foi burburinho gerado por Kanye que, meses depois, o site da Yeezy ficou tão sobrecarregado com pedidos ao ponto de ter que pausar novas vendas.

Takeaway ✍️

Mesmo sem collabs com grandes marcas e controvérsias que marcam a sua trajetória, o poder de marca pessoal de Kanye West continua inegável.

  • No entanto, no caso do músico, são dois lados da moeda, podendo construir impérios gigantes ou destruí-los da noite para o dia.

O branding, quando bem feito, se torna o maior patrimônio de uma empresa ou indivíduo, atraindo clientes, investidores e oportunidades no piloto automático.

TOGETHER WITH MARQUES DE CASA CONCHA
O Brasil tá na contramão do mercado global de vinhos 🍷

Enquanto mercados tradicionais de vinho apresentaram quedas no consumo, o Brasil vem se destacando.

  • Nos EUA, maior mercado mundial da bebida, a redução anual foi de -2,0% entre 2017 e 2022. Já na Itália e França, os números caíram -2,8% e -4,8%, respectivamente, no mesmo período.

Enquanto isso, o Brasil registrou um crescimento de 4,8% no consumo de vinhos entre 2017 e 2022 — um destaque como mercado em expansão.

🍇 O que explica esse movimento? Ele mostra como o consumidor BR tá descobrindo cada vez mais os estilos da bebida, os sabores e aromas de suas diferentes uvas e regiões de origem, os famosos terroirs.

Com 50 anos desde sua primeira safra, o Marques de Casa Concha busca explorar o que cada região do Chile tem de melhor pra produção dos seus vinhos, que combinam tradição e inovação pra atender as demandas do mercado.

Aqui você conhece as versões do Marques com 40% OFF usando THENEWS40, pra mudar a forma como você aprecia cada taça.

(Imagem: Reed Saxon/AP)

GRÁFICO DO DIA

Entre janeiro e dezembro de 2024, o JPMorgan foi responsável por 9,2% da receita global de banco de investimento, com o Goldman Sachs vindo logo em seguida, com um market share de 7,2%.

Até o início de setembro, a empresa liderada por Jamie Dimon teve um faturamento de aproximadamente US$ 5 bilhões, enquanto a companhia encabeçada por David Solomon gerou acima dos US$ 4 bilhões no mesmo período.

O papel principal de um banco de investimento é auxiliar empresas, governos e outros participantes do mercado durante transações financeiras grandes e complexas, como fusões ou aberturas de capital na bolsa de valores (IPO). Aprofunde aqui.

TOGETHER WITH CREDITAS

Capital de giro fluindo: pra dormir e empreender melhor

No mundo dos negócios, o capital de giro é o que mantém as peças em movimento, garantindo que nada trave no caminho.

  • É ele que garante fornecedores pagos, estoque cheio e operações fluindo.

Quando o capital falta, vem a ansiedade, as noites mal dormidas e o ciclo de apagar incêndios. Mas calma, todo bom jogador empreendedor tem sua carta na manga.

Com a Creditas, maior plataforma de crédito com garantia no Brasil, dá pra conseguir até R$ 3 milhões em crédito com juros baixos, prazos longos e zero burocracia — e um concierge pra cuidar dos detalhes.

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INSIGHT

O Minecraft vai virar vida real

(Imagem: New York Post)

No mês passado, a Merlin Entertainment, empresa de parques temáticos do Reino Unido, anunciou um acordo de US$ 110 milhões com a desenvolvedora Mojang para abrir atrações do Minecraft.

Alguém nunca ouviu falar? Minecraft é aquele jogo sensação entre a garotada em que o mundo é feito de blocos, e os players devem criar, construir e sobreviver em ambientes gerados aleatoriamente.

Esse acordo inicial inclui duas atrações no Reino Unido e nos EUA que devem ser abertas ao público em 2026 e 2027, respectivamente, mas não se sabe se serão novas adições a parques existentes ou experiências totalmente novas.

Por que isso importa? Para parques temáticos, videogames populares oferecem novas propriedades intelectuais (IPs) para atrair visitantes.

Além disso, as IPs de videogames têm ganhado popularidade e transcendendo os meios, com nomes como The Last of Us, The Witcher e Fallout sendo sucesso no formato de séries de televisão.

E o Minecraft parece uma escolha beeeem lucrativa. Ele é o 2º videogame mais vendido de todos os tempos, com mais de 300 milhões de cópias comercializadas, atrás apenas de Tetris (520 milhões de cópias).

No entanto, o Tetris teve várias edições lançadas desde sua estreia em 1984, enquanto o Minecraft é um único jogo desenvolvido pelo programador sueco Markus “Notch” Persson em 2009.

Tal foi a sua popularidade que a Microsoft adquiriu o jogo por US$ 2,5 bilhões em 2014, e seu império se expandiu para incluir diversas mídias e produtos, tendo até um filme estrelado por Jason Momoa e Jack Black que vai chegar às telonas em 2025.

Será que vai dar certo? 🤔

Ao não possuir objetivos específicos a serem alcançados, o mundo virtual do Minecraft é praticamente infinito. Logo, há inúmeras direções que um designer de parques poderia seguir para atrair tanto novos visitantes quanto aqueles que já conhecem a marca.

Eis que entra em questão o conhecimento da Merlin Entertainment, muito por conta de que a empresa também opera a Legoland.

(Imagem: Japan National Tourism Organization)

Assim como o “Minecraft”, a marca de brinquedos é simples e infinitamente jogável, permitindo que os envolvidos criem o que quiserem, sozinhos ou em grupo.

Maaas… O que parece estar deixando muitos com a “pulga atrás da orelha” é o orçamento de US$ 110 milhões, considerado baixo para a construção de dois parques.

  • 🇯🇵 A Universal Studios do Japão gastou mais de US$ 578 milhões no Super Nintendo World;

  • 🇺🇸 A Universal Studios Hollywood investiu US$ 275 milhões na expansão do Wizarding World of Harry Potter — metade do tamanho do parque de Orlando.

🇧🇷 Aqui no Brasil, a Cacau Show recentemente anunciou que o seu parque no interior de São Paulo vai custar R$ 2 bilhões.

RECADO DA EQUIPE

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Tá difícil conectar sua marca com o público? Não se preocupe, você encontrou o lugar certo para captar a atenção deles. Afinal, se conseguimos capturar a sua atenção, por que não a deles?

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