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12/12/2024
In today’s edition:
🪒 A startup que desafiou o império da Gillette;
🔥 As notícias que estão em alta no mundo dos negócios;
💰 O bilionário que quer comprar o TikTok;
📱 Que tipos de apps as pessoas mais pagam para usar;
📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.
CASE
A comédia que tirou milhões de dólares da Gillette
(Imagem: The Wall Street Journal | Dan Krauss)
O ano era 2010. Michael Dubin era um entusiasta da improvisação cômica, sempre buscando maneiras de aperfeiçoar suas habilidades. Ao mesmo tempo, para pagar as contas, ele trabalhava em vários trabalhos de marketing e publicidade.
Em uma noite, ele conheceu Mark Levine, pai de um amigo seu, e os dois criaram uma pequena conexão por conta de seu “ódio compartilhado” pelos preços dos barbeadores. Para os dois, pagar mais de US$ 20 por um pacote do produto era inviável.
Além disso, Dubin percebeu o quão inconveniente era comprar os produtos. Desde ir às lojas, encontrar o corredor com as lâminas de barbear até, em alguns casos, esperar que algum atendente destrancasse o local em que os itens estavam guardados.
Eis que, com apenas US$ 35 mil, eles criaram o Dollar Shave Club para tentar o impossível: desafiar a Gillette, que por mais um século governou a indústria de barbeadores e, à época, tinha 70% de participação do mercado americano.
Daí que veio a grande sacada 💡
Um lançamento não convencional. Dubin escreveu um roteiro de comédia, chamou seus amigos do improviso e alugou um depósito para gravar um vídeo chamado "Nossas lâminas são muito f****."
Lançado em março de 2012 com um custo total de US$ 4,5 mil, o vídeo quebrou a internet e, em 48 horas, a empresa recebeu 12 mil pedidos, fazendo com que o site caísse por conta do tráfego.
O motivo: Os dois reinventaram como o produto deveria ser vendido e transformaram as lâminas de barbear em um modelo por assinatura. O preço? Apenas US$ 1 por mês — sim, você leu certo.
Os concorrentes diziam que era impossível, mas Dubin estava apenas começando. Ele converteu cada ponto de contato com o cliente em uma experiência.
Cada e-mail enviado parecia ter vindo de um amigo, não de uma empresa;
Cada pacote chegava com "The Bathroom Minutes" — um boletim informativo com um toque de humor que fazia com que as pessoas sorrissem.
O burburinho chamou a atenção dos fundos de investimento e, em novembro do mesmo ano, a Dollar Shave Club levantou US$ 9,8 milhões. Pouco mais de 12 meses após o lançamento, a empresa já tinha mais de 200 mil assinantes.
Conforme a comunidade crescia, a linha de produtos expandia com a adição de creme de barbear, produtos para cabelo e até sabonete líquido. Cada novo item era uma maneira de aprofundar o relacionamento com os clientes.
A estratégia funcionou brilhantemente e, em 2016, a Dollar Shave Club tinha 3 milhões de assinantes e quase 7% do mercado de barbear dos EUA. Sua receita disparou e ultrapassou os US$ 200 milhões anuais.
Uma pedra no sapato dos concorrentes 🪒
Lembra da Gillette, a grande rainha do segmento? Pois bem, ela estava “horrorizada”, tentando de tudo para colocar uma pausa nessa revolução.
Lançaram sua própria assinatura;
Cortaram preços;
Gastaram milhões em anúncios.
No entanto, nada disso surtiu o efeito esperado e a sua participação de mercado despencou de 70% para menos de 50%. Sua dona, a Procter & Gamble, teve que dar baixa contábil sobre o valor da Gillette em US$ 8 bilhões.
Como se não bastasse se sentir como Davi na batalha contra Golias, o melhor ainda estava por vir para esta jovem empresa.
No mesmo ano, Unilever, observando esse “momento de fragilidade” de sua grande rival, decidiu abrir os bolsos e comprou o Dollar Shave Club por US$ 1 bilhão.
Muito à frente do seu tempo. Dubin mostrou a Gillette que os consumidores não queriam apenas comprar produtos, mas almejavam marcas que tivessem personalidade e que contassem histórias.
Hoje, isso é muito mais presente, impulsionado especialmente pela geração Z, que prioriza a autenticidade. O resultado: várias marcas lançadas por celebridades não só estão tendo seu próprio sucesso como estão desafiando os players tradicionais.
Curiosidade para fechar. Em 2023, a Unilever vendeu 65% de sua participação no Dollar Shave Club para o fundo de investimento Nexus Capital Management por valor não divulgado.
TOGETHER WITH HOT PARK
Você achava que sabia o que eram férias…
E esse ano, pensou naquele plano básico: Uns dias pra descansar, curtir uma piscininha e fugir do stress. Mas, às vezes, o inesperado acontece.
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TRENDING
(Imagem: The Impression)
👙 Será essa a primeira de muitas? A SKIMS, da Kim Kardashian, abriu sua primeira grande loja na Quinta Avenida em Nova York
🏈 As águias estão voando. Após a venda de 8% de participação, o Philadelphia Eagles se torna o time esportivo mais valioso dos EUA
🚀 Esse foguete tem ré, mas não para de subir. SpaceX, do Elon Musk, vê valor de mercado decolar e se torna a empresa privada mais valiosa do mundo
💰 Investe y investe. O conglomerado LVMH, dono da Louis Vuitton, amplia sua aposta em hospitalidade de luxo e compra 20% de rede de hotéis butique
🚌 Novo pico histórico. Impulsionado pelo transporte, setor de serviços do Brasil tem alta maior do que o esperado em outubro
🇰🇷 Está chegando… Para promover a 2ª temporada de Round 6, Netflix anuncia competição inspirada na série que ocorrerá este mês em São Paulo com prêmio de R$ 1 milhão
🚜 Vai crescer em 2025. Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil diz que teremos desaceleração nos preços dos alimentos e crescimento do PIB do agro no próximo ano
GRÁFICO DO DIA
Grande parte do mundo digital é tecnicamente gratuito, precisando só de acesso à internet. Afinal, muitos aplicativos úteis — e-mail, mensagens, redes sociais — podem ser acessados pela grande soma de zero dólares e zero centavos.
Contudo, muitas pessoas optam por pagar por aplicativos de qualquer maneira, seja para se livrar de anúncios, acessar conteúdo bloqueado por meio de paywalls ou optar por uma forma de serviço mais exclusiva.
Ao todo, entre as 15 principais categorias, as pessoas gastaram por volta de US$ 35 bilhões em 2023, com o entretenimento digital (Netflix, Max e cia.) liderando com US$ 8B, seguidos por relacionamentos. Aprofunde aqui.
Curiosidade para fechar. Em 2020, o Tinder foi o primeiro app para dispositivos móveis não relacionado a jogos a atingir US$ 1 bilhão em gastos feitos pelos usuários — e continua sendo o único aplicativo dating app a obter esse feito.
TOGETHER WITH ADAPTA
Antes de assinar o Chat GPT, veja isso
Sim, a oferta da Adapta pode até parecer boa demais para ser verdade. Mas é justamente por ser tão boa que eles cresceram tão rápido — alcançando mais de 50 mil alunos em poucos meses.
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INSIGHT
Quem é o bilionário que quer comprar o TikTok?
(Imagem: Icon Sport)
No início deste ano, o bilionário Frank McCourt sediou um jantar na Califórnia com a presença de mais de uma dúzia de criadores do TikTok para contar-lhes sobre sua proposta de comprar a operação do aplicativo nos EUA.
Ao que parece, ele não está interessado no algoritmo da rede social chinesa, mas quer torná-la algo parecido ao Green Bay Packers, único de time de futebol americano da NFL que é de propriedade dos fãs. Em suas palavras:
Eventualmente, os criadores devem possuir uma parte desta plataforma. Eles são os que criam valor e impulsionam o interesse. E eu acho que eles merecem ser proprietários.
O empresário, por meio de sua entidade que pesquisa e defende questões de internet, o Project Liberty, há meses fala sobre a aquisição do TikTok.
Em maio, disse que estava montando um consórcio para tentar adquirir o aplicativo;
Já na semana passada, comunicou que havia “garantido” US$ 20 bilhões.
McCourt disse que a Project Liberty manteve discussões com alguns dos investidores americanos da ByteDance, dona do app, empresas de private equity, grandes fundações, bem como indivíduos, mas não concedeu nomes específicos.
Por que isso importa?
Em abril, o congresso americano aprovou e Biden mandou seguir a lei que proíbe o TikTok nos EUA caso a ByteDance não venda o aplicativo para uma empresa americana até o dia 19 de janeiro de 2025.
No entanto, a rede social e muitos de seus criadores entraram com ações judiciais contra a proibição, argumentando que ela viola o direito à liberdade de expressão.
(Imagem: TechCrunch)
Acontece que, na semana passada, um tribunal federal de apelações dos EUA manteve essa lei. Com isso, o TikTok planeja apelar da última decisão à Suprema Corte da terra do Tio Sam.
Caso a decisão seja mantida, Biden decidirá se concederá à ByteDance uma extensão de 90 dias para encontrar um comprador nos EUA, período no qual Donald Trump já estaria ocupando o cargo máximo na Casa Branca.
Só que a coisa não é tão simples assim. A ByteDance disse publicamente que não quer vender o TikTok e, mesmo que quisesse, provavelmente não o venderia com seu poderoso algoritmo de recomendação.
O motivo: As regras de controle de exportação da China proíbem empresas locais de vender seus algoritmos de software para compradores fora do país sem a aprovação de Pequim.
Esses fatores tornam difícil para McCourt fazer uma oferta real ou mesmo saber o que estaria disponível para compra. Por ora, ele não está em conversas ativas com a ByteDance sobre um acordo, mas abriu diálogos com a equipe de Trump.
Em setembro, o futuro presidente dos EUA disse que “salvaria” o TikTok. No entanto, ele não pode revogar essa lei e uma nova legislação para anular a medida precisaria ser aprovada pela maioria dos legisladores federais.
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