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13/02/2024
vai no simples
boa tarde. da próxima vez que ficar quebrando a cabeça para ter uma mega ideia, lembre-se que o anúncio mais falado do super bowl de 2024 foi gravado com uma câmera de celular.
Um segmento que tem muito a dizer… Em muitas palavras
INFOGRÁFICO #244
Este é o mercado dos livros. Para muitos, as centenas de páginas repletas de caracteres e frases inspiradoras são utilizadas como fontes tanto de refúgio quanto de estudo.
Para outros, o hábito da leitura nunca foi incorporado, seja pela falta de costume dentro de casa ou como consequência das leituras obrigatórias nos tempos de colégio e faculdade.
Junte isso a um volume cada vez maior de conteúdo disponibilizado em diferentes formatos e você tem uma indústria que segue viva, mas vivenciando várias oscilações.
Em 2023, foram US$ 78 bilhões arrecadados globalmente com a venda de livros, cifra superior à do ano anterior, porém quase 8% abaixo do montante obtido em 2021.
A projeção para 2027 é otimista, prevendo alcançar os US$ 82,7 bilhões. Esse valor, no entanto, não supera o que foi movimentado em 2017, 2018, 2019 e 2021.
Falando de Brasil… 🇧🇷
Por aqui, uma pesquisa inédita mostrou que somos aproximadamente 25 milhões de consumidores de livros, com 74% desses tendo interesse em adquirir novos exemplares entre janeiro e março de 2024.
Ainda assim, somente 16% dos brasileiros acima de 18 anos compraram pelo menos 1 livro no ano passado, número não muito animador.
Ao todo, foram vendidos 54,4 milhões de livros em 2023, uma queda de 7% na comparação ano a ano e também abaixo do número obtido em 2021.
O faturamento total também ficou abaixo por aqui, registrando R$ 2,52 bilhões em 2023 vs R$ 2,54 bilhões do ano anterior.
Esse decréscimo é consequência, em parte, das dificuldades que o mercado editorial encontrou na procura por alternativas que pudessem preencher, mesmo que parcialmente, o “espaço” de livrarias físicas que saíram do mercado.
☠️ Foi realmente trágico…. A Saraiva, que já foi a maior rede de livrarias no país com cerca de 100 unidades espalhadas pelo Brasil, pediu falência no fim de 2023 em meio à dívida de R$ 675 milhões.
Meses antes, em maio, a justiça decretou novamente a falência da Livraria Cultura. No entanto, a empresa conseguiu uma liminar para reverter a situação no mês seguinte.
Ao todo, o Brasil fechou o ano com quase 3.000 livrarias, queda de 1,8% na comparação ano a ano.
Já no online… A situação está diferente. As lojas exclusivamente digitais superaram o faturamento das livrarias em 2023.
No ano anterior, o e-commerce já representava 35% da receita das editoras de livros (vs. 27% das livrarias).
Outro sinal de vida para o mercado de livros brasileiro tem o sido o de plataformas como Skeelo, que oferecem distribuição e acesso e livros eletrônicos (os famosos e-books), audiolivros e até histórias em quadrinhos.
São mais de 220 mil títulos disponíveis e mais de 1,3 bilhão de minutos consumidos desde sua fundação em 2019.
Falando em audiobooks… A Amazon — que em 2019 já era responsável por 80% da venda de e-books por aqui — comunicou recentemente o desejo de “desenvolver” o segmento no Brasil por meio da Audible.
(Imagem: Audible | Reprodução)
Isso porque o mercado de brasileiro de audiolivros representou apenas 1% dos R$ 131 milhões movimentados através dos livros digitais em 2022.
Para isso, passou a oferecer em torno de 600 mil títulos, sendo 4 mil deles em português.
Esse setor, inclusive, deve chegar a US$ 35 bilhões em valor de mercado até 2030.
Por último, o que pareceria ser um dos grandes inimigos dos livros físicos — as redes sociais — ironicamente está sendo uma das principais vitrines para inúmeras obras literárias.
Para se ter uma ideia, a #BookTok já possui mais de 200 bilhões de visualizações no TikTok e, em 2021, havia ajudado a vender cerca de 20 milhões de exemplares.
Um ano depois, as vendas impulsionadas por mais de 100 autores com grandes seguidores do BookTok atingiram US$ 760 milhões.
No Brasil, a #BookTokBrasil já tem mais de 14 bilhões de visualizações na rede social chinesa e deu mais visibilidade a autores nacionais. Agora é ver como será a maturação desse fenômeno nos próximos anos.
Já contribuiu para a média de minutos hoje?
NÚMERO DO DIA
É bilhão mesmo. Esse é o número de minutos consumidos na maior plataforma de leitura digital do Brasil, o Skeelo. Saiba mais aqui.
Outras manchetes para você ficar por dentro
BITS & BYTES
🕺 Simplesmente o Rei do Pop. Sony Music vai depositar no mínimo US$ 600 milhões para adquirir 50% dos direitos das músicas de Michael Jackson
🦾 Ela está em todo lugar. Ao que parece, mais de 80% das apresentações (pitches) das startups possuem algo relacionado a inteligência artificial
🎰 O Musk não para. O X (antigo Twitter) fechou uma parceria com a BetMGM para permitir que seus usuários realizem apostas esportivas na rede social
🇬🇧 Ousado esse britânico. Banco digital inglês Revolut quer quintuplicar sua base de clientes no Brasil até o final de 2024
💔 Descanse em paz. Luiza Trajano Donato, fundadora do Magazine Luiza e tia de Luiza Helena Trajano, morre aos 97 anos
🧑💻 Golpes e mais golpes. Brasileiros têm mais de R$ 1 bilhão em prejuízo por conta de fraudes e golpes digitais
The New York Times está se agigantando no digital
TRENDING
(Imagem: The Economist | Reprodução)
É… Desse jeito chegaremos aos 200 anos. O emblemático jornal fundado em 1851 não só adaptou aos novos tempos como superou a marca de US$ 1 bilhão em receita via assinaturas digitais pela primeira vez na história.
O resultado é fruto de uma estratégia focada na oferta de um pacote aos seus assinantes que inclui:
📰 Notícias
🃏 Jogos, como o Wordle e Spelling Bee
📈 Wirecutter, site de análise de produtos
🧑🍳 Um app de receitas
🏈 The Athletic, site focado em esportes
Especificamente falando do Wordle — adquirido pelo The New York Times por cerca de US$ 1 milhão em 2022 —, são em torno de 2 milhões de “jogadores” diários. Confira a história de como jogo se tornou popular.
By the numbers: 300 mil assinantes digitais adicionados apenas no último trimestre do ano passado e um total de 10,36 milhões no fim de 2023 — sendo 9,7 desses unicamente digitais.
Se seguir nesse ritmo, a empresa vai ter que rever sua meta de chegar aos 15 milhões até o final de 2027.
Maaaass… Nem tudo são flores. A receita total de publicidade — que inclui as versões digitais e impressas do jornal — teve uma queda de 8,4% nos últimos 3 meses do ano anterior.
Por sua vez, o número de assinantes da versão impressa segue em declínio, com o The New York Times finalizando o ano com 660 mil.
Para fechar… Você teria coragem? 👨🏾🦲
CASE
Imagine gastar 7 milhões de dólares em um anúncio do Super Bowl, no topo da prateleira publicitária, e publicar um anúncio feito pela câmera frontal do seu celular.
Parece loucura, né? O problema é que deu certo e foi exatamente o que o rapper Kanye West fez, no anúncio mais comentado do ano nesta edição do Super Bowl. Assista:
A ideia do anúncio era promover o site yeezy.com, que estava com todas as peças custando US$ 20 dólares. Menos de 24 horas depois, o rapper publicou que já havia faturado 19 milhões de dólares.
Personagem e personalidade à parte, além dessa estratégia, o ex da Kim Kardashian acabou de passar a Taylor Swift no ranking de Top Artista Global no Spotify com menos de uma semana do lançamento de seu álbum ‘Vultures’.
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