16/05/2024

US$ 1 bilhão

boa tarde. em um dia como hoje, mas em 2016, esse foi o valor que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, pagou por suas primeiras 10 milhões de ações na Apple — hoje, ela possui 789 milhões.

Como a Monster conseguiu ser umas das principais empresas da bolsa americana
INFOGRÁFICO #269

Neste século, um dos segmentos que mais evoluiu e ganhou relevância foi o de bebidas energéticas.

Em 2022, o valor de mercado global superou os US$ 42,5 bilhões. Para 2028, deve ultrapassar os US$ 63,4 bilhões.

Considerando o consumo mundial per capita de energéticos, os EUA ocuparam o primeiro lugar ao pontuar 29,19 do volume médio em litros, seguidos por Reino Unido e Japão.

Na terra do Tio Sam, os energéticos foram classificados como “New Age” em 1999, representando 9% do mercado de bebidas. Em 2024, a previsão é que eles correspondam a cerca de 21%.

E foi nos EUA, inclusive, que nasceu umas das principais responsáveis por essa crescente no segmento, a Monster Beverage Corporation.

O começo dessa trajetória de sucesso 🧃

Em 1990, os empresários sul-africanos Rodney Sacks e Hilton Schlosberg compraram a Hansen Natural, uma empresa de sucos que havia pedido recuperação judicial em 1988.

Em 1997, os co-CEOs apostaram cedo num mercado imaturo de bebidas energéticas, lançando inicialmente a Hansen’s Energy. Veja esse ad deles de 1999 para ter um gostinho do que era a marca na época.

O Monster Energy que todos nós conhecemos chegaria oficialmente alguns anos depois, em 2002.

Um desenvolvimento lento, mas assertivo

Desde o início, a marca se preocupou em encontrar o seu público-alvo, principalmente entre os mais jovens e trabalhadores de “colarinho azul”, que focam em trabalhos mais manuais.

Tendo essa definição, veio a primeira sacada: vender seu best-seller, o Monster, pelo mesmo preço que o principal produto de seu maior concorrente, a Red Bull, mas oferecendo o dobro do volume nas latas.

🏍🏄 O destaque veio no marketing. Seguindo um modelo similar à sua rival europeia, a empresa priorizou o patrocínio, visando esportes radicais e não convencionais, atraindo muitos torcedores dessas bases.

(Imagem: Roadracing World Publishing | Reprodução)

Por outro lado, a Monster optou por não investir em anúncios na televisão.

Há quem diga que a Monster é, em sua essência, uma empresa de marketing que vende uma marca. Há muito pouca intensidade de capital no negócio. Eles produzem muito mais dinheiro do que podem gastar.

O que muitos consideram o grande acerto da marca.

O sucesso chamou a atenção da Coca-Cola Company que, em 2014, comprou uma participação de 16,7% na empresa de energéticos por US$ 2,15 bilhões — desde então, a participação cresceu para 20%.

Como parte do acordo, a Coca-Cola transferiu a propriedade de suas bebidas energéticas – como Burn e NOS – para a Monster.

Em contrapartida, os negócios de bebidas não energéticas da Monster ficaram sob o guarda-chuva da gigante de refrigerantes.

Maaaas… O mais importante foi que as duas empresas reforçaram um acordo de distribuição existente, tornando a Coca-Cola o principal parceiro de distribuição global da Monster.

Além disso, os produtos da Monster seriam as únicas bebidas energéticas a serem distribuídas pela Coca-Cola. Pense que, nessa jogada:

  1. A Monster conseguiria chegar a simplesmente qualquer restaurante, bar, lanchonete ou evento do planeta — afinal, onde a Coca não está?

  2. A Monster eliminava a possibilidade da Coca simplesmente impulsionar um energético próprio e, com todo o poder que tem, dominar o mercado.

Esse movimento contribuiu, e muito, para que o valor de mercado da Monster saísse de US$ 22 bilhões em 2015 para US$ 58 bilhões em fevereiro de 2024.

Há três décadas, as ações da Monster eram negociadas por menos de 5 centavos de dólar — desde então valorizaram cerca de 200.000%, tornando a Monster a ação com melhor desempenho em 30 anos.

Suas vendas cresceram por 31 anos consecutivos e a gigante de energéticos deve faturar US$ 8 bilhões em 2024.

Outro ponto de destaque é o fato da empresa operar como uma holding, com dezenas de subsidiárias que administram e desenvolvem diversas marcas de bebidas

Além disso, a Monster também não possui muitas instalações de fábricas.

Curiosidade: Em 2023, a empresa comprou um de seus grandes concorrentes, a Bang Energy, um movimento estratégico que lhes rendeu uma nova unidade de produção.

Looking Forward

Algo que gera muitas dúvidas sobre o futuro da empresa é o fato que seus fundadores já possuem mais de 70 anos e ainda não há uma definição clara de quem os irá suceder.

Outro obstáculo são os recentes movimentos que buscam proibir a venda de energéticos, com alguns países já implementando restrições à medida que o teor de cafeína presente nas bebidas cresceu nos últimos anos.

  • No entanto, o portfólio da Monster possui uma variedade de produtos além dos energéticos, desde cafés a drinks alcoólicos.

Ao contrário da tecnologia, que exige atualização constante, esses produtos proporcionam resultados constantes e raramente se tornam obsoletos.

Bottom line: Pode-se dizer que Sacks e Schlosberg construíram a empresa da maneira certa — especialmente com a distribuição —, garantindo que ela fosse forte em todos os mercados nos quais atua.

Setor de alimentos desacelera em março: o que esperar para o Q2?
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Este estudo revela que o Q1 de 2024 do setor alimentício registrou um crescimento de 2,2% no preço médio e 0,3% no volume de vendas.

  • No entanto, março enfrentou quedas acentuadas em volume e faturamento — indicando mudanças no comportamento do consumidor e exigindo revisões nas estratégias de mercado e produto.

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Outras manchetes para você ficar por dentro
BITS & BYTES

(Imagem: Reebook | Divulgação)

BITS TO BITE

🎙 Seguuuuura peão. Como o empresário Felipe Aversa saiu de peão de rodeios para revolucionar a experiência gastronômica quando o assunto é churrasco.

👀 Especialista em ganhar a atenção das pessoas. Jimmy Donaldson, mais conhecido como MrBeast, fala sobre como ele conseguiu converter a atenção das pessoas em US$ 54 milhões de faturamento.

🍻 Um feito e tanto. Como a cerveja mexicana Modelo utilizou dados para desbancar a Bud Light e se tornar a cerveja mais vendida nos Estados Unidos.

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Ressignificando a experimentação de produtos

SHOW YOUR BIZNESS #77 — TEMPORADA 7 • EP.07

🧐 Conheça a Experimentaí

A Experimentaí é uma plataforma de marketing de experimentação digital em escala que ajuda empresas a terem insights sobre produtos em lançamento e penetração & participação de mercado.

Pessoas que tiverem o interesse em avaliar e/ou descobrir novos produtos se cadastram de forma gratuita nessa plataforma e, em troca, autorizam o uso de seus dados demográficos e hábitos de consumo.

A Experimentaí, por sua vez, entende junto ao cliente qual é público-alvo e, assim, consegue enviar o “match” perfeito para os experimentadores.

O modelo de negócios da startup é focado no B2B, cobrando da empresa cliente um valor por consumidor impactado.

🛣 Como começou a trajetória empreendedora

A história não é nada linear e não começou exatamente na experimentação…

O início de tudo foi a paixão que os dois dos fundadores, Lars Kunath e Francisco Prado, tinham pelo audiovisual — eles se conhecem desde muito jovens e, inclusive, estudaram no mesmo colégio.

Os dois realizaram alguns cursos de cinema para entender um pouco melhor sobre esse mercado e, em 2018, montaram uma pequena produtora de vídeos, a Light Films.

Era 100% hobby”, disse Kunath. “Nós começamos fazendo curta-metragens, mas, a partir disso, percebemos que poderíamos fazer alguns vídeos comerciais para mais conhecidos”.

O foco da iniciativa ainda era diversão, mas eles já viam que poderiam ajudar mais pessoas a fazer publicidade, sobretudo em uma época na qual os vídeos começaram a ser muito importantes nas redes sociais.

  • À época, começou-se a aumentar a demanda por vídeos institucionais para as marcas.

A dupla chegou a realizar alguns projetos e usar o capital conquistado para adquirir novos equipamentos.

O mais importante, entretanto, foi que eles começaram a analisar como transformar esse hobby em empreendimento.

Eles perceberam — especialmente com pessoas mais velhas — que havia uma dificuldade não só em editar vídeo, mas em encontrar bons editores.

Nesse momento, tivemos a ideia de criar um marketplace que conectaria editores de vídeo com quem estivesse precisando de edição”, comentou o fundador.

Ao longo do tempo, Kunath e Prado foram amadurecendo essa ideia, mas foi durante a pandemia que isso começou ter uma seriedade um pouco maior:

  • Estruturação de um plano de negócios;

  • Desenvolvimento de um protótipo funcional (MVP).

Maaass… Pela falta de experiência com empreendedorismo, eles cometeram vários erros, sendo um deles o fato de não terem testado junto ao mercado para validar se aquela dor realmente existia.

Mesmo assim, os dois conseguiram um investimento-anjo com familiares para desenvolver uma plataforma que seria, nas palavras do fundador, “um Uber da edição de vídeo”.

Infelizmente, o projeto não foi para frente por uma série de decisões, mas ambos sabiam que algo dessa primeira experiência empreendedora ainda poderia ser aproveitada no futuro.

📝 A primeira grande mudança e novos aprendizados

Mesmo optando por cursar a universidade em lugares diferentes — Lars em São Paulo e Francisco em Boston — eles continuaram trabalhando e passaram a enxergar com mais clareza os erros que haviam cometido.

Os dois perceberam que a necessidade desse tipo de serviço não era tão grande pensando na “pessoa física” e que, para fazer isso acontecer nesse modelo, eles teriam que investir muito em marketing para construir uma base de usuários.

Eis que, ainda em 2020, eles passaram a atender empresas (B2B), que possuem essa demanda por edições de vídeo com maior frequência e aceitam pagar um ticket maior. Assim nascia a Edink.

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Para fechar, que tal uma curiosidade sobre “Friends”
EXTRA

(Imagem: The Week | Reprodução)

Tan tan tanãnanãna nã na nã… tan tan tanãnanãna nã na nã na. Bom, esse foi o estagiário tentando recriar a música de abertura de Friends, uma de suas séries favoritas — e uma das mais famosas da história.

Para a primeira temporada — que estreou em 1994 — os 6 protagonistas receberem cerca de US$ 22.500 por episódio.

No total, foram 24 episódios, ou seja, aproximadamente US$ 540.000 por cabeça.

Com o sucesso e protagonismo obtido, Schwimmer e Aniston receberam um aumento para a 2ª temporada: passariam a ganhar em torno de US$ 40.000 por episódio.

Maaaas… Na hora de renegociar, os 6 atores se juntaram e decidiram que todos ganhariam o mesmo cachê. Em outras palavras, ou os estúdios fechavam com todos, ou não teriam nenhum.

  • Para a 10ª e última temporada (2004), cada um recebeu US$ 1 milhão por episódio.

E sabe o que é melhor? Os atores continuaram ganhando — e muito — mesmo após nada menos que 20 anos do término do show.

O segredo? Royalties e acordos que lhes permitiam lucrar com as reapresentações (reruns). No caso dos atores, o percentual negociado foi de 2% dos lucros.

Para se ter uma ideia, em 2015, foi divulgado que a Warner Bros. faturava US$ 1 bilhão anualmente com Friends. Desse valor, US$ 20 milhões ficava com os atores.

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