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- 16/06/2025
16/06/2025
segunda mágica
bom dia. quem disse que o primeiro dia útil da semana não pode ser especial? às vezes, o inesperado pode trazer aprendizados positivos — assim como esse e-mail do the bizness em plena segunda-feira.

CASE

Desde jovem, Erick Coser sempre foi apaixonado por cidades e tecnologia — uma paixão que o levou a fundar empresas focadas em resolver problemas urbanos com tech.
Primeiro, criou um sistema de milhagem para reciclagem, no qual as pessoas ganhavam milhas toda vez que reciclavam em pontos específicos. O objetivo? Auxiliar a Prefeitura de São Paulo a cumprir as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Depois, trabalhou com mobilidade urbana em três empresas diferentes: no Brasil, nas Filipinas e, posteriormente, na Alemanha. A última foi a Mobike, na China, a maior empresa de bicicletas sem estação do mundo.
Foi justamente na China que tudo começou. Erick fazia seu mestrado no país asiático quando conheceu os também brasileiros Otavio Costa Miranda e Eduardo Cavaliere.
Os três compartilhavam algo importante: a paixão pelo Brasil — a ponto de decidirem não só empreender juntos, mas criar uma empresa no próprio país.
Então, começaram a estudar problemas que a China havia resolvido bem e que poderiam ser adaptados ao contexto brasileiro. Um deles é a segurança pública. Para o empresário, “você se sente seguro ao andar na rua.”
Outra grande inspiração veio de Londres — berço do liberalismo ocidental e, curiosamente, a cidade com mais câmeras per capita no hemisfério ocidental.
Segundo Coser, um marco importante nesse início foi o interesse do investidor Júlio Vasconcelos, então na Canary, um fundo de venture capital para startups nascentes com sede em São Paulo.
Ele queria investir em uma empresa de segurança pública que fosse nativa, e não uma réplica de um modelo importado dos EUA.
Após apresentarem a ideia, os três conseguiram captar R$ 10 milhões com a Canary. E assim, em 2019, nasce a Gabriel — que começou instalando câmeras inteligentes em um bairro específico do Rio de Janeiro: o Leblon.

O nome da empresa é inspirado no arcanjo Gabriel, mas também carrega uma visão mais ampla e afetiva de segurança, como explicou Coser:
“A gente começou a empresa provocando, acho que, as premissas — e isso começa também pela forma como a gente é: a estética de segurança. Geralmente, a segurança tinha uma estética associada à repressão, uma coisa ostensiva — mas isso é segurança, obviamente. Mas também segurança é o abraço da sua mãe, segurança é o conforto que a pessoa pode dar, o acolhimento. E, pra gente, acho que uma das coisas que significava muito isso é o anjo da guarda que cada um de nós tem, que nos protege, muitas vezes até de nós mesmos — pra ter essa imagem, essa estética do que a empresa deveria ser para o cidadão, que a gente tem uma preocupação muito grande.
Obviamente que a gente vende para o condomínio, mas, cara, quem a gente ajuda é a pessoa que mora no prédio. Quem assina o contrato é o síndico, mas quem importa, cara, é o pai de família, a mãe de família, que está preocupada com a filha saindo de casa e acontecer alguma coisa com a pessoa. Então, se a nossa preocupação é com o indivíduo, nada fazia mais sentido do que personalizar a segurança, deixar uma face humana de acolhimento.”
Segundo ele, sim, a inspiração é o anjo. Contudo, a história adicional é que, após conversar com os fundadores de outra startup, a Alice, saíram extasiados.
Coser, Costa e Cavaliere gostaram muito do nome Alice: empresa com “nome de gente”, que torna o negócio mais pessoal.
Foi aí que eles começaram a quebrar a cabeça. Até que um dia, em uma viagem de Uber, pensaram: "Cara, segurança, o que dá para fazer?" Para eles, quando se pensa em anjo da guarda, a primeira coisa que vem à mente é Gabriel.
Eis que Coser pesquisa www.gabriel.com.br e é redirecionado para o Mercado Livre — que oferecia o domínio por R$ 4 mil. Eles negociaram e fecharam a compra em R$ 3 mil. Nas palavras do fundador.
A gente fechou na hora ali. Tiramos uma foto com o Uber e falamos: ‘Cara, um dia essa empresa vai abrir capital — e você vai lá com a gente.’ A gente tem o contato do motorista. Então, tá guardado pra, se Deus quiser, esse evento.”
Apesar do investimento, o dinheiro só caiu na conta em janeiro de 2020. Foi quando os três passaram a se dedicar integralmente a Gabriel. Três meses depois, instalaram a primeira câmera na rua.
![]() | O contexto? Início da pandemia. Erick relembra: havia apenas o trio de fundadores, a equipe de instalação e alguns entregadores de iFood no restaurante onde estavam instalando as primeiras câmeras — o primeiro ponto.
Por isso, para ganhar confiança, começaram instalando câmeras internas em alguns prédios, mas com uma condição: se quisessem o sistema interno, teriam que contratar também uma câmera voltada para a rua. |
“Foi muito difícil, né? Era uma tese não óbvia de falar: ‘É do seu interesse egoísta que a sua rua, a porta do seu prédio, seja mais segura, sim — mesmo que não pegue só o seu prédio.’ E isso foi muito útil: a gente fazer essa parte pra dentro, porque ele já era um produto que as pessoas estavam acostumadas a pagar por ele. Então, a gente fez ele um pouquinho melhor — tipo, cara, duas vezes melhor do que o que estava no mercado — pra poder tirar o nosso produto da rua, que era pra fora, que não existia.”
Três meses depois, chegaria uma grata surpresa 🤝
Para descobrir qual foi a surpresa, além de conferir a história completa da Gabriel, com vários insights que o próprio Erick Coser nos contou no Founder Mode, podcast do the bizness, é só clicar aqui ou no botão abaixo.
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