19/10/2023

October 19, 2023

ciclos
boa tarde. há momentos em que uma etapa precisa se encerrar para uma nova começar. como diz o clichê… a vida é feita de ciclos.

Na edição de hoje:

📦 Devoluções. O bizness das “compras erradas” pela internet.

🔥 Hot topics. Os assuntos que estão sendo mais falados no mundo dos negócios.

🦄 The last dance. Chegamos ao último episódio da nossa temporada do Show Your Bizness.

As devoluções das compras no e-commerce
INFOGRÁFICO #213

Que o e-commerce dominou uma grande fatia do consumo mundial, você já deve ter uma ideia.

Acontece que, junto às compras online, se desenvolveu todo um ecossistema do e-commerce, incluindo plataformas de lojas e o setor de logística.

Dentro da logística, além do envio das encomendas, há também um braço das devoluções.

Pense que, diferente do físico, só podemos tocar, testar ou experimentar a nossa compra quando a compra chega no nosso endereço — depois de já ter passado o cartão. Muitas vezes, nos arrependemos do produto.

Não à toa, aqui no Brasil, por lei, toda compra na internet deve ter um prazo mínimo de 7 dias de devolução gratuita. Em muitos outros países, não é proibido cobrar uma taxa para essa devolução.

Ainda assim, os níveis de devolução são bem consideráveis em algumas determinadas localidades, com destaque para China e Índia. Veja o TOP-12 países que mais devolvem encomendas:

Em números de vendas — e não de pessoas — fica próximo… Até 30% das compras são devolvidas ou trocadas.

O impacto para quem vende: 7% dos custos envolvidos no e-commerce são destinados à logística reversa — o que é beeem considerável.

Mas o impacto das devoluções vai além: A falta de clareza da loja sobre uma possível devolução também afeta as vendas: 44% dos consumidores dizem que já deixaram de fechar a compra por achar que o processo de devolução seria complicado.

Inclusive, a Federação do Varejo dos EUA identificou que 79% dos compradores com menos de 30 anos acham que devolver as correspondências é “um pouco ou muito irritante”.

📦 Onde tem dor, tem negócio: Recentemente, a Uber anunciou a funcionalidade de fazer as viagens de encomendas, evitando ao consumidor de fazer toda a parte “chata” da devolução. Aprofunde se quiser.

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O que está sendo falado no mundo dos negócios
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Agora, aos que não leram the news hoje:

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SHOW YOUR BIZNESS #69 — TEMPORADA 6 • EP.10

🧐 Conheça o Plusdin

O Plusdin é uma fintech de mídia que ajuda as pessoas a tomarem decisões financeiras melhores através do uso de inteligência artificial.

Para isso, a empresa cria conteúdos e ferramentas que possibilitam às pessoas encontrarem produtos financeiros alinhados ao seu perfil, de forma permiti-las transformar suas vidas financeiras.

O carro-chefe é uma ferramenta de inteligência artificial que, após as pessoas responderem algumas perguntas, recomenda cartões de crédito e outros produtos financeiros, de acordo com as respostas e necessidades de cada um. Tudo isso de forma 100% gratuita.

💰 Modelo de negócios

Praticamente toda a receita vem de mídia programática. Tanto o site quanto o aplicativo do Plusdin têm anúncios, que instituições financeiras compram por intermediação do Google para divulgarem seus produtos.

Além disso, uma parcela bem menor da receita vem de outras fontes, como um pagamento que a empresa recebe de bancos por abertura de contas — uma espécie de afiliado.

🛣 Como tudo começou

Vamos começar pela história do Alberto. De origem humilde, ele morava em um bairro de periferia em Belo Horizonte — com 12 pessoas em uma casa de três cômodos.

  • Por seu pai ser presidente de um clube de futebol de várzea, Alberto vivia dentro do campo. Quando tinha apenas três anos, seu pai faleceu em um acidente de carro.

Mas ele seguiu jogando bola. Assim como milhões de crianças brasileiras, seu sonho era ser jogador. Ele acreditava que aquela era a única forma de mudar de vida.

Com 8 anos, entrou em um time e começou a focar pesado naquilo. Para sustentar seu sonho, vendia bombons que sua mãe fazia na escola — 100 por dia.

Com 13 anos, perdeu sua bisavó — com quem tinha um grande vínculo —, e teve seu primeiro princípio de depressão. Juntamente a isso, largou o futebol. Escola? Também já não ia mais.

Até que… Nos anos 2000, ele conheceu os games e a lan house, onde matou muitas aulas de um curso técnico que estava a fazendo e se apaixonou pelos computadores, ainda que não pudesse ter um. Ele só queria saber de jogar — e nada mais.

Curiosidade: Em um dos jogos que jogava, Alberto conheceu Éric — que morava a um quarteirão dele. Mal sabiam que, um dia, seriam sócios.

Como jogar sem ter um computador? 💻

Nos cursos que fez, Alberto desenvolveu algumas habilidades que seriam muito valiosas, como (i) noções básicas de programação e (ii) manutenção de computadores.

  • Então, ele começou a consertar computadores. Para conseguir jogar — sem ter o seu —, ele pedia sete dias para a manutenção, consertava no primeiro e jogava nos outros seis. risos.

Quando tinha 18 anos… Alberto recebeu uma ligação de um advogado, falando que ele tinha direito a uma herança de seu pai, que ele nem fazia ideia que existia. Com o dinheiro, comprou seu primeiro computador.

Depois de um ano jogando o dia todo, sem parar, passou por trabalhos como atendente de telemarketing, que lhe ensinou vendas/atendimento, e web design, onde aprendeu sobre sites.

  • Em 2009, teve seu primeiro contato com SEO. Daí em diante, entrou de cabeça no marketing digital — e nunca mais parou.

Nos anos seguintes, teve uma agência, criou o primeiro curso de marketing digital de BH, trabalhou em uma startup e… entrou em uma depressão profunda que duraria vários anos.

Em 2016, Alberto começou a atuar com marketing de afiliados, e passou a aprender a base do que seus negócios fazem hoje. Nessa altura, ele começou a ganhar mais dinheiro.

Já em 2018… Foi quando Alberto descobriu que estava em depressão. Nesse mesmo ano, juntamente ao Éric — aquele mesmo com quem jogava há alguns anos — abriram a empresa… que ainda não chamava Plusdin.

Inicialmente, o objetivo era “ganhar dinheiro com marketing digital e ser feliz”. Para isso, criaram vários sites de finanças pessoais para ajudar as pessoas a escolherem cartão de crédito.

  • O motivo de escolher esse nicho? Pagava bem e, por trabalhar com anúncios online, Alberto sabia da importância de um cartão de crédito — e estudava sobre vários para saber o melhor.

Em 2019, aconteceu um fato que mudou o jogo. Alberto foi aos EUA participar de um evento e, enquanto assistia a uma partida de futebol americano, viu uma propaganda de uma empresa chamada NerdWallet, que ajudava pessoas a tomarem decisões financeiras.

Mas pera aí… Anunciar naquele espaço era muito caro. Tinha coisa ali. Alberto voltou ao Brasil com uma série de ideias inspiradas no que estava sendo feito lá fora, o que ajudou sua empresa a crescer rapidamente o faturamento.

No entanto, por mais que seus diversos sites estivessem crescendo, ainda não eram marcas fortes. Apenas vários portais de conteúdo “soltos”.

Era a hora de consolidar todos os sites em apenas um domínio e focar em uma marca só. Em fevereiro de 2021, nascia o Plusdin.

Para te dar uma noção, esses foi o faturamento da empresa a cada ano:

  • 2018 — R$ 200 mil;

  • 2019 — R$ 5 milhões;

  • 2020 — R$ 40 milhões;

  • 2021 — R$ 82 milhões;

  • 2022 — R$ 90 milhões.

O Plusdin deve fechar este ano com uma receita na casa dos R$ 100 milhões. Olhando para a holding que está por trás da marca — a Etus —, o faturamento total deve ultrapassar os R$ 120 milhões.

Para fechar… 🔑

O Plusdin é como se fosse a construção financeira da vida do Alberto. Desde criança, ele nunca teve educação financeira. Sua mãe era aposentada e ele sempre viveu ouvindo falar de empréstimo consignado — que ela pegava sem nem entender.

Cartão de crédito? Era apenas uma pessoa da família que tinha — e emprestava para todo mundo. Foi daí que veio o objetivo do negócio de ensinar educação financeira para as pessoas e ajudá-las a tomarem decisões financeiras melhores.

📈 Recebeu investimentos?

O Plusdin foi construído com capital próprio, sem dinheiro de terceiros.

👫 Quem está por trás desse negócio?

O Plusdin foi fundado por Alberto André e Éric Jorge. Ao clicar, você vai para o LinkedIn deles.

O que está por vir 🔮

💰 PFM. Alberto quer que o Plusdin se torne um personal financial management. Em outras palavras, um lugar só que permita gerenciar e monitorar finanças individuais — desde a parte do planejamento financeiro até alcançar objetivos específicos.

  • O objetivo disso é ajudar as pessoas que não têm acesso à educação financeira e informá-las para que não caiam em golpes por falta de conhecimento.

Assim, a empresa buscará se consolidar como marca no mercado brasileiro, tornando-se a principal referência para as pessoas tomarem decisões financeiras — escolher empréstimo, cartão de crédito, banco e por aí vai.

💳 Microcrédito. Em algum momento, o Plusdin pensa em começar a fornecer seus próprios empréstimos e produtos financeiros, como forma de aumentar o LTV dos clientes.

  • Pense que 26 milhões de pessoas já passaram por suas ferramentas — são muitos dados financeiros que podem ser usados para ajudar com isso.

💸 Captação. O Plusdin também está planejando sua primeira rodada de investimento, que deve acontecer no primeiro trimestre do ano que vem, cujo dinheiro será focado em:

i) Internacionalização: O Plusdin já atua em 6 países e quer ter pessoas locais nesses países, além de expandir sua atuação neles.

ii) Contratações: Trazer mais pessoas, principalmente sênior, para tornar o time mais robusto.

Levantar capital começou a fazer sentido por conta de onde a empresa quer chegar e na velocidade com que quer chegar. Além disso, outro objetivo é trazer para perto investidores que acreditem no sonho e possam ajudar o negócio em sua escala.

Desafios do crescimento ⛰️

O Alberto diz que foi bem difícil saber como crescer. Sair de 50 para 100 pessoas foi muito rápido e o planejamento não foi tão bom. Seria melhor ter trazido pessoas sênior antes, para ajudar nesse processo.

  • Afinal, a empresa sempre teve o costume de formar as pessoas internamente.

Além disso, existe o desafio tecnológico. É complicado “aprender em um mercado que não tem ninguém ensinando”. O Plusdin está desbravando um segmento que não tem benchmarks, o que dificulta muito saber o que fazer, montar organograma, definir modelo de gestão, etc.

📚 Para aprofundar

💼 Contato

Para se juntar ao time de 110 pessoas do Plusdin, fique de olho no Instagram da empresa (@plusdin) — por onde eles postam todas as vagas disponíveis.

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