- the bizness
- Posts
- 2023: Um ano terrível para as startups
2023: Um ano terrível para as startups
2023: Um ano terrível para as startups
TRENDING
(Imagem: Carta | Reprodução)
“90% de taxa de morte em menos de 3 anos de atividade.” Essa é a estatística que os investidores de startups já conhecem…
Se, em 2022, muitos startupeiros de plantão viram as suas empresas fecharem, 2023 foi ainda mais brutal.
Até o terceiro trimestre do ano, mais empresas tinham fechado que no ano passado inteiro, segundo a empresa de gestão Carta.
São 543 encerramentos vs. 467 em 2022. Inclusive, algumas dessas empresas já haviam levantado muito, muito, muito dinheiro.
Grandes nomes como o WeWork, que arrecadou US$ 11 bi, e a startup de frete Convoy, que arrecadou US$ 900 milhões, pediram falência nos últimos dois meses.
O que mudou para acontecerem tantas falências?🤔
Na verdade, acontece que tivemos anos mais prósperos, principalmente pelo fato das taxas de juros bem menores.
Com isso, os investidores deixaram as portas abertas para ideias inovadoras — ou que tivessem uma frase da moda como 'blockchain' ou 'AI' no seu modelo de negócio… risos.
As avaliações dispararam e as empresas unicórnios — aquelas startups avaliadas em bilhão de dólar ou mais — proliferaram.
Agora, com o custo do capital muito mais caro e os investimentos menos arriscados, preencher um cheque para um jovem de 20 anos “visionário” que abandonou a universidade se tornou bem menos atraente.
Os fundos estão preferindo esperar, das startups que faliram quase 40% diz que foi por falta de caixa ou por não serem capazes de levantar capital.
No Brasil, o cenário não é diferente do resto do mundo. Se no ano passado as startups captaram metade do valor em relação a 2021, no início desse ano, a queda foi de mais de 60% em relação ao mesmo período de 2022.