26/12/2024

In today’s edition:

  • ⚽️ Por que VCs e celebridades estão gastando milhões em times de futebol;

  • 🔥 As notícias que estão em alta no mundo dos negócios;

  • 🍕 A aventura do McDonald’s no mercado de pizzas;

  • 🪙 Os continentes com o maior número de criptomoedas;

  • 📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.

CASE

Seria o futebol a nova mina de ouro para os investidores?

(Imagem: ESPN)

De celebridades a investidores de capital de risco, muitos estão gastando milhões para aproveitar a próxima corrida do ouro no esporte: os times de futebol.

Ao contrário de outros aportes em esportes profissionais, as equipes do esporte mais popular do mundo podem ter uma barreira de entrada muito menor e a oportunidade de retornos mais significativos no futuro. Os números não mentem.

  • 🏴󠁧󠁢󠁷󠁬󠁳󠁿 Em 2021, os atores Ryan Reynolds e Rob McElhenney compraram o time galês Wrexham AFC por US$ 2,5 milhões. Três anos depois, o time vale cerca de US$ 11 milhões, um aumento de mais de quatro vezes.

  • 🏴󠁧󠁢󠁥󠁮󠁧󠁿 No mesmo ano, um grupo de investidores pagou cerca de US$ 40 milhões pelo Ipswich Town FC. Após subir 2x e voltar à principal divisão do futebol inglês, a Premier League, o clube inglês ficou avaliado em mais de US$ 310 milhões.

(Imagem: EFL)

Segundo Brett Johnson, um dos donos do Ipswich, o que torna o esporte tão interessante no exterior é o risco de rebaixamento e a recompensa de subir de divisões, pois há oportunidades de comprar clubes de tiers inferiores a preços descontados.

Segmentando por ligas, uma das, senão, a mais atrativa é justamente a Premier League, a maior em geração de receita no mundo, com cada clube podendo receber pelo menos US$ 100 milhões em pagamentos de direitos de mídia por temporada.

Por conta desses fatores, observamos cada vez mais investidores americanos se aventurando no futebol na terra do Rei. Há 20 anos, a PL não tinha proprietários majoritários americanos. Hoje, nove dos 20 principais times possuem.

Contudo, segundo Johnson, sempre existirão os riscos de comprar um clube, investir muito em sua reformulação e, muito pior que não consegui vê-lo subir de divisão, observá-lo ser rebaixado.

O interesse pelo futebol não se limita à Europa 🇺🇸

O futebol está ganhando espaço nos Estados Unidos, muito por conta de que times da NFL, NBA e MLB geralmente custam bilhões de dólares.

A Major League Soccer, que começou na metade da década de 1990, não teve uma vida tranquila em seus primeiros 10 anos. Contudo, nos últimos 5, a audiência do futebol nos EUA disparou.

  • Em 2022, a final da Copa do Mundo da FIFA atraiu 26 milhões de telespectadores, mais do que as finais da NBA, do beisebol (MLB), do hóquei no gelo (NHL) e até mesmo que os Jogos Olímpicos de Inverno.

  • Dois anos depois, um recorde de 12,1 milhões de torcedores compareceram a partidas da MLS, um aumento de mais de três vezes desde 2010.

Esse crescimento também se reflete no aumento vertiginoso das taxas de expansão para a Major League Soccer.

Por exemplo, os donos do Los Angeles Football Club (LAFC) pagaram US$ 110 milhões para fundar o clube em 2014. Já no ano passado, a MLS fechou um acordo por US$ 500 milhões para criar uma equipe em San Diego, também na Califórnia.

(Imagem: Lev Akabas | Sportico)

Em 2023, o LAFC se tornou o primeiro time da Major League Soccer a alcançar um valor de mercado de US$ 1 bilhão — este ano, essa cifra já é de US$ 1,2 bilhão.

O momento para investir no futebol nos EUA não poderia ser melhor. Além de ter ninguém menos que Lionel Messi competindo na liga — e contribuindo para essa popularidade atual do esporte —, o país sediará a Copa do Mundo em 2026.

  • Além disso, outras divisões, como a National Women’s Soccer League e a United Soccer League, oferecem oportunidades para investidores de menor porte.

Contudo, o futebol nos EUA nem sempre é um negócio lucrativo — menos da metade dos times da MLS gera lucro. Fora isso, a ausência do rebaixamento nos esportes americanos significa que sua base de fãs muitas vezes perde o interesse.

Enquanto isso, no Brasil… 🇧🇷

(Imagem: UOL)

Em 2021, o Congresso criou a Lei da SAF, permitindo que times, organizações privadas sem fins lucrativos formadas pela união de sócios, sejam transformados em empresas.

Com isso, empresários ou fundos de investimento podem comprar uma parcela, ou todos os ativos relacionados à atividade futebolística de um clube, muitas vezes assumindo suas dívidas e fazendo uma promessa de investimento.

John Textor e sua Eagle Football, por exemplo, compraram 90% das ações do Botafogo em 2022 prometendo investir R$ 400 milhões até 2025. Este ano, o clube já vale R$ 1,9 bilhão.

Ao todo, o Brasil já conta com 64 SAFs, com a Portuguesa sendo a última a aderir ao modelo. Enquanto MG, PR e SP são os estados com mais SAFs registradas, ainda há 8 sem nenhum clube no formato.

(Imagem: Netflix | YouTube)

GRÁFICO DO DIA

Em 2024, aproximadamente 562 milhões de pessoas possuem algum tipo de criptomoeda, o equivalente a 6,8% da população global. Como o preço do bitcoin mais que dobrou este ano, a propriedade global aumentou em 33% desde 2023.

No ano passado, todas as regiões globais viram a propriedade crescer em meio à crescente confiança dos investidores e ambientes regulatórios mais favoráveis. A América do Sul registrou o maior crescimento, com uma alta de 116,5%.

Os Emirados Árabes Unidos são o país com a maior taxa de adoção, com 25,3% da população possuindo criptomoedas, enquanto o Brasil ficou na 6ª colocação. Confira o ranking completo.

INSIGHT

Seria esse o maior fracasso do McDonald’s?

(Imagem: TheStreet)

Na década de 1980, o McDonald's dominava o fast food com quase 40% do mercado de hambúrgueres — avaliado em US$ 48 bilhões — e 2x maior que o seu concorrente mais próximo.

Ainda assim, eles tinham um grande problema: seus restaurantes ficavam lotados na hora do almoço, mas quase ninguém os frequentava na hora do jantar. Enquanto isso, as redes de pizza observavam suas vendas crescer 10% a cada ano.

Eis que, em 1986, o McDonald's começou seu plano secreto para dominar a pizza.

Foram anos desenvolvendo um forno revolucionário de "cozimento rápido" que usava ar superaquecido para transformar massa congelada em crosta crocante em menos de 6 minutos. Mas isso foi só o começo. A transformação foi enorme:

  • As janelas do drive-thru tiveram que ser alargadas para caixas de pizza;

  • As lojas precisaram de uma remodelação completa da cozinha e novas áreas de preparação foram necessárias;

  • Caixas de aquecimento especiais precisaram ser instaladas.

Corta para 1989, o McDonald’s começou a testar um produto no mercado. Veja o ad abaixo.

Contudo, não demorou muito para que a Pizza Hut os provocasse com uma propaganda no horário nobre da TV americana chamando a massa do rival de “McFrozen”.

Um executivo de publicidade para a rede de pizzas ainda alertou: "Em todo lugar que você vê uma pizza do McDonald's, você verá uma guerra."

Mas o McDonald's tinha problemas maiores. A preparação prometida de menos de 6 minutos poderia chegar a mais de 11 minutos, não só fazendo seus clientes esperarem mais do que o habitual como também congestionando os drive-thrus.

Além disso, havia a questão do preço: uma McPizza custava entre US$ 5,99 e US$ 8,99. Ou seja, duas pizzas com bebidas para uma família custariam mais de US$ 15, valor considerado muito alto na época.

Maaaasss… Infelizmente, a McPizza não teve muito sucesso e, no final dos anos 90, quase todos os McDonald's nos Estados Unidos tinham removido o item do menu.

Hoje, apenas um lugar no planeta ainda oferece o produto: o "Epic McD" em Orlando, o maior Méqui do mundo com cerca de 1800 m², e que também serve massas e waffles belgas.

Takeaway: Embora a introdução de novos itens no menu tenha sido fundamental para o crescimento da empresa no final dos anos 80, com a pizza o McDonald’s esqueceu o que o tornava especial: valor, velocidade e conveniência.

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