29/04/2025

UM OFERECIMENTO

termine forte!

boa tarde. final de mês é recomeço disfarçado. aproveite esses dias para concluir, corrigir, começar — e se preparar para ir além no próximo mês. pegue seu café expresso pós-almoço e vamos nessa.

In today’s edition:

🕶️ Como a Warby Parker “reinventou” o segmento de óculos;
🔥 Outras notícias que estão em alta no mundo dos negócios;
🪖 Os países com os maiores gastos bélicos no mundo em 2024;
🚀 As regiões com maior concentração de startups no Brasil;
📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.

Terça-feira, 29/04/2025

CASE
Warby Parker: Da perda de um par de óculos para uma revolução bilionária

(Imagem: Wharton Magazine)

O ano era 2008. Dave Gilboa estava de viagem pela 🇹🇭 Tailândia quando perdeu seus óculos da Prada — que custavam cerca de US$ 700. Até aí, um preço “esperado”. Afinal, estamos falando de uma marca de grife. 

  • No entanto, o choque veio após comprar o iPhone 3G, que tinha acabado de sair. O preço? Por volta de US$ 200 na época. Na prática, a tecnologia mais inovadora da época custava menos de 1/3 dos óculos.

Inconformado, ele começou a se perguntar: por que raios um par de óculos custava tanto? Foi aí que ele descobriu a verdadeira razão: Luxottica.

A gigante europeia praticamente monopolizava toda a indústria — de marcas a lojas de varejo. Não havia concorrência real. E, sem concorrência, os preços disparavam para o céu.

Indignado, Dave estava decidido a fazer algo diferente. Após começar o seu MBA na renomada Wharton Business School, ele conheceu Neil Blumenthal, Andy Hunt e Jeff Raider, que entenderam a sua frustração.

Corta para fevereiro de 2010…

Os quatro desenharam a ideia: uma marca de óculos de alta qualidade, vendida diretamente ao consumidor — online — por apenas US$ 95 (incluindo lentes de prescrição).

Mas… Havia um problema. Quem compraria óculos pela internet sem experimentar? Entra o modelo Home Try-On. O cliente escolhia cinco modelos, recebia em casa, experimentava e depois devolvia.

(Imagem: DTC Patterns)

Eis que, em fevereiro de 2010, com um total de US$ 120 mil, nascia a Warby Parker — o nome inspirado em personagens do escritor Jack Kerouac.

Economizando seus custos ao máximo, eles investiram em uma pessoa de relações públicas (PR) do ramo da moda para ajudar na conscientização da marca. Parece ter dado resultado…

A Vogue e a GQ escreveram sobre o lançamento, com a GQ se referindo à companhia como "a Netflix dos óculos".

Os artigos foram publicados assim que o site da empresa foi lançado, e o negócio foi rapidamente inundado de pedidos. Em três semanas, a Warby Parker atingiu suas metas de vendas do primeiro ano.

  • O que parecia loucura virou febre. Eles tinham uma lista de espera de 20.000 clientes. Tudo isso enquanto os fundadores ainda eram estudantes em tempo integral, trabalhando em seus apartamentos.

As pessoas amavam a ideia de comprar óculos de qualidade, estilosos e acessíveis, sem sair de casa. Além disso, a marca tinha um propósito: para cada par vendido, outro era doado para alguém em necessidade — algo parecido ao que a Reserva faz no Brasil.

Expandindo além da esfera da internet

À medida que o negócio crescia, os clientes começaram a ligar para os fundadores e perguntar se poderiam experimentar os óculos pessoalmente.

Logo, eles os convidavam para seus apartamentos e colocavam os produtos nas mesas da sala de jantar. Eles descobriram que as pessoas adoravam conhecer quem estava por trás da marca.

Em agosto de 2010, a empresa mudou-se para Nova York e ajustou parte de seu escritório para ser um showroom em que as pessoas pudessem comprar óculos. De repente, estavam a caminho de fazer US$ 3 milhões em vendas.

Já em 2013, a Warby Parker abriu uma loja física em Manhattan... fugindo bastante do padrão clássico das lojas de óculos. O vídeo da época mostrando os bastidores da loja é bem legal. Clique abaixo para ver:

A unidade era projetada como uma biblioteca elegante: aconchegante, convidativa, com livros e assentos confortáveis. Não havia táticas de vendas agressivas.

  • Além disso, os funcionários usavam iPads para acessar instantaneamente os perfis dos clientes, unindo as experiências online e offline.

Não demorou muito para que outras unidades fossem abertas, especialmente devido à introdução de exames oftalmológicos nas lojas. Em 2019, mais de 60% das transações da Warby Parker foram feitas via varejo físico.

Em 2021…

A Warby Parker abriu o capital na bolsa e alcançou um valor de mercado de quase US$ 7 bilhões. Abaixo o momento do anúncio oficial.

Nos anos seguintes, a empresa obteve bons resultados — e os números não mentem.

  • Quase US$ 670 milhões de faturamento em 2023;

  • Pouco mais de US$ 770 milhões de receita e mais de 2,5 milhões de clientes ativos em 2024. 

Hoje, a empresa tem mais de 260 lojas espalhadas pelos EUA e Canadá. Além dos exames de vista, na maioria delas, oferece aos clientes a possibilidade de comprar lentes de contato.

🔮 Looking forward

A meta de longo prazo da empresa é ter mais de 900 locais entre os EUA e o Canadá. A Warby Parker já doou mais de 15 milhões de pares de óculos por meio do programa "Compre um Par, Doe um Par”.

Espera-se que o tamanho do mercado global de óculos atinja US$ 323 bilhões até 2030, registrando uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 8,3% de 2024 a 2030.

TRENDING
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GRÁFICO DO DIA

🪖 US$ 2,7 trilhões. Esse foi o valor total dos gastos militares ao redor do mundo em 2024, um aumento de 9,3% em relação a 2023.

É o maior crescimento desde a Guerra Fria, impulsionado principalmente pelas guerras em Gaza e na Ucrânia.

  • A Alemanha foi um dos países que mais aumentaram os gastos, com um crescimento de 28%, subindo para a 4ª posição no ranking mundial.

  • Os EUA seguem na liderança, com US$ 997 bilhões gastos e mais de 37% do “market share” global — 3x mais que a vice-líder China.

PS: O Brasil ocupa a 21ª posição, com cerca de US$ 21 bilhões gastos em 2024 — uma queda em relação ao ano passado. Confira todos os valores aqui. 

DEEP DIVE
“O silêncio diante do mal é, em si mesmo, um mal. Não falar é falar. Não agir é agir”

Polêmica tech <> política. Essa foi uma das frases ditas por Scott Galloway, conhecido como "guru do Vale do Silício", em seu recente texto “Breaking the Silence”.

Nele, o professor critica duramente os grandes empresários dos EUA que, segundo ele, estão “se curvando” às vontades de Donald Trump.

Galloway, que já trabalhou com 30 CEOs da lista da Fortune 100, afirma que resistir às políticas do governo pode ser doloroso no curto prazo, mas representa uma grande oportunidade no longo prazo.

O artigo tem gerado polêmica e debates acalorados no mundo dos negócios. Clique aqui para ler na íntegra.

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NÚMERO DO DIA
36,15%

Esse é o percentual das 18.056 startups ativas no Brasil, mapeadas pelo Observatório Sebrae Startups, que estão concentradas no Sudeste, a principal região do país em número de startups.

No entanto, o relatório trouxe um ponto interessante: pela primeira vez, o Nordeste assumiu a 2ª posição, passando a região Sul, concentrando quase 24%. Outros destaques:

  • O Centro-Oeste teve um crescimento proporcional de 189% no número de startups em um ano;

  • Já o Norte dobrou a sua representatividade.

Maaass… Nem tudo são flores. Por volta de 52% das startups mapeadas ainda não geram receita, enquanto somente 1,53% têm um faturamento anual superior a R$ 4,8 milhões.

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