29/10/2024

UM OFERECIMENTO

In today’s edition:

  • đź‘ś Como a dona da Louis Vuitton está conquistando o esporte.

  • 🔥 As notĂ­cias mais quentes do mundo dos negĂłcios.

  • đź’° Os AirPods geram tanto dinheiro quanto várias empresas tech.

  • 🧬 Cresce o nĂşmero de mega rodadas levantadas por startups em 2024.

ApĂłs dominar o luxo, LVMH quer reinar no esporte

(Imagem: Louis Vuitton)

Assim como em qualquer segmento, existem marcas como Nike, Adidas e atĂ© Red Bull que construĂ­ram seus impĂ©rios por meio do marketing esportivo. 

No entanto, nos últimos tempos, uma empresa está, de forma discreta, entrando nas arenas, nos estádios e nos vestiários: LVMH, o maior conglomerado de luxo do mundo, com 75 grandes marcas — de Dior a Tiffany&Co.

  • Em 2020, a LVMH fechou uma parceria de vários anos com a NBA;

  • Em 2023, a Louis Vuitton foi uma das principais patrocinadoras da Copa do Mundo de Rugby, na França.

Todos esses movimentos da companhia francesa fazem parte de uma tendência que está transformando tanto a moda quanto os esportes. Contudo, para entender o presente, vamos voltar um pouco ao passado…

Senta que lá vem história 🛋

Em 1987, a Louis Vuitton decidiu se fundir com a Moët Hennessy, uma das principais fabricantes de champanhe e conhaque, criando a LVMH.

  • No entanto, com o passar do tempo, seus lĂ­deres, Henry Racamier e Alain Chevalier, passaram a ter visões diferentes em relação ao futuro do grupo e começaram a se desentender. 

Durante essa intensa batalha corporativa, entra em cena Bernard Arnault, que, em um movimento ousado, começou a comprar participações de controle na LVMH — ele atualmente detém cerca de 48%

(Henry Racamier, Alain Chevalier e Bernard Arnault // Imagem: DNA)

Sob sua liderança, ele transformou a empresa em uma potência global de luxo, adquirindo marcas de alto nível e permitindo que elas mantivessem sua independência criativa.

  • Sem contar que, Ă  medida que foi crescendo, a LVMH passou a atrair mais talentos de ponta e abrir lojas maiores e mais chamativas em locais com muita visibilidade ao redor do globo.

O resultado: A receita da empresa passou de 10 bilhões de euros em 2001 para quase € 90 bi em 2023.

(Imagem: Quatr)

Apesar desse crescimento expressivo, passou-se a observar que muitos indivĂ­duos com alto poder aquisitivo estavam comprando menos itens de luxo e, ao invĂ©s disso, gastando mais em experiĂŞncias. 

  • Logo, empresas como a LVMH passaram a ter um problema… Para crescer, elas precisavam de novos clientes.

Foi aĂ­ que Arnault percebeu que o futuro do luxo nĂŁo se tratava apenas de atender aos ultra-ricos, mas sim de torná-lo aspiracional e “acessĂ­vel” â€” e o esporte Ă© a lĂ­ngua universal a todos os consumidores.

A importância das escolhas corretas

Ao possuir marcas em seu portfĂłlio que representam o top de suas respectivas categorias, nĂŁo poderĂ­amos esperar menos da LVMH nas suas escolhas esportivas, especialmente da Louis Vuitton.

  • Patrocinadora das estrelas do tĂŞnis, Naomi Osaka e Carlos Alcaraz, e do astro da NBA, LeBron James;

  • Campanha + entrevista exclusiva com 2 dos principais tenistas da histĂłria: Roger Federer e Rafael Nadal. (assista aqui);

  • Ação publicitária viral colocando ninguĂ©m menos que Cristiano Ronaldo e Lionel Messi frente a frente.

(Imagem: SPORTbible)

No entanto, neste ano, o conglomerado de luxo voltou a chamar a atenção ao fechar um contrato estimado em 150 milhões de euros para patrocinar as OlimpĂ­adas de Paris em troca de muita visibilidade. 

  • 🔥 Sua marca de cosmĂ©ticos, a Sephora, patrocinou a tocha olĂ­mpica;

  • 🧥 A Berluti desenhou os uniformes da cerimĂ´nia de abertura da França.

A marca de joias Chaumet foi além e, não só criou as medalhas olímpicas, como inseriu em todas um pedaço de ferro forjado da Torre Eiffel. Para fechar, os itens mais desejados pelos atletas ficavam em “caixas” e iam ao pódio em bandejas da Louis Vuitton.

Ou seja, cada momento de celebração durante os Jogos Olímpicos foi, de alguma forma, associado às marcas da LVMH.

Além disso, o conglomerado de luxo recentemente fechou uma parceria histórica de 10 anos com a Fórmula 1, enquanto a família Arnault planeja assumir o controle do Paris FC, time da 2ª divisão do futebol francês.

Na visĂŁo da LVMH, as marcas de luxo estarĂŁo mais focadas no estilo de vida do que em produtos de desempenho. Isso porque nĂŁo foi apenas a indĂşstria do luxo que mudou.

Atletas costumavam ser julgados e conhecidos apenas pelo desempenho durante as competições, mas, hoje, através das redes sociais, eles estão criando marcas pessoais e se engajando diretamente com milhões de fãs.

  • Muitos deles, inclusive, seguindo o exemplo dado por David Beckham no inĂ­cio do sĂ©culo, passaram a demonstrar interesse por moda.

Por conta disso, esses atletas são cada vez mais atraentes para as grandes marcas, porque além de símbolos de sucesso, determinação e status, são ícones culturais, influenciando o que vestimos, o que pensamos e até o que valorizamos.

Um modelo de microfranquias no interior que conquistou o bilhĂŁo

Quando, lá em 2007, Igor e Steph criaram o aiqfome em Maringá, no Paraná, nĂŁo imaginavam que o app se tornaria o 2Âş maior de delivery do Brasil. đź“±

NĂłs contamos essa trajetĂłria no Show Your Business, com os altos e baixos que marcaram o crescimento do aiqfome, inclusive sua venda para o Magalu.

Com o propósito de fortalecer pequenas e médias cidades com um delivery completo, a empresa criou um modelo de licenciamento parecido com microfranquias, mas com retorno mais rápido.

  • O resultado? O aiqfome saiu de R$ 600 milhões em compras pelo app em 2020 para R$ 1,3 bilhĂŁo em 2022.

O diferencial está no fato de que os licenciados — “sócios do interior” — contam com apoio de logística de entrega e sistema de gestão de restaurantes. Dá pra fazer parte desse crescimento…

Para investir e ser licenciado aiqfome, Ă© sĂł clicar aqui e ter em mĂŁos todo o plano de negĂłcios que movimenta, para cada franquia, cerca de R$ 350 mil por mĂŞs.

🪙 Efeito prĂ©-eleições americanas? Valor do Bitcoin supera os US$ 70 mil pela primeira vez desde junho

Na metade de setembro, foi anunciado que a Food and Drug Administration — a “Anvisa dos Estados Unidos” — autorizou que a Apple usasse os AirPods Pro 2 como aparelhos auditivos de venda livre.

Isso representou uma grande evolução para os pequenos fones de ouvido, que, ao longo dos anos, se tornaram um negócio significativo para a empresa da maçã, gerando por volta de US$ 10 bilhões por ano — isso é maior que a receita que empresas como Airbnb, Nubank, Snapchat e Dropbox tiveram em 2023.

Estima-se que, desde o lançamento do produto em dezembro de 2016, tenham sido vendidos cerca de 470 milhões de AirPods no mundo.

Investimento em inovações financeiras para fidelizar o consumidor 

Inovações financeiras facilitam e fazem a diferença na relação entre consumidores e lojas.

đź’Ş Braço financeiro do Grupo Carrefour Brasil — maior varejista do paĂ­s — e emissor dos cartões das bandeiras do Grupo, o Banco Carrefour investiu, em 2023, R$ 250 milhões em tecnologia e inovações, como IA generativa pra renegociações e QR code pra transações.

A mais recente novidade é a integração de benefícios dos cartões Carrefour, Atacadão e Sam’s Club — se o cliente tem um desses, pode usar benefícios nas outras 2 redes.

Na fase piloto, o aumento de clientes que usam as 3 bandeiras dos cartões foi de 79%. Mês passado, a solução foi ampliada para todo o Brasil.

As queridinhas dos VCs em 2024 tĂŞm nome: biotechs

(Imagem: Aida Amer)

🖋 Canetadas de respeito. Embora o cenário macroeconômico atual seja de incertezas, novos dados mostram um boom nos mega negócios — rodadas de investimento de no mínimo US$ 100 milhões.

  • Para se ter uma ideia, foram 240 “mega cheques” obtidos apenas por startups sediadas nos Estados Unidos.

Entre as categorias, o que mais surpreende é que, apesar do hype, a 1ª posição não ficou ocupada pela inteligência artificial, mas sim por startups de biotecnologia e saúde

Vale ressaltar que algumas dessas rodadas possuem um crossover, por serem de empresas de healthcare, mas que trabalham com AI.

Focando apenas em biotech, foram 68 startups entre EUA e Europa que levantaram US$ 100 milhões ou mais neste ano (até 31/08), ultrapassando a marca de 2023 e caminhando para pelo menos se aproximar do recorde de 2021, com 106 mega rodadas fechadas

Contudo, diferente de 2021, os mega negĂłcios deste ano se concretizam de forma mais lenta. Ă€ Ă©poca, isso poderia levar apenas semanas, enquanto, hoje, o ritmo Ă© mais comedido. 

  • AtĂ© porque a concorrĂŞncia por negĂłcios diminuiu, dando aos investidores mais tempo para avaliar as startups e encontrar dados convincentes e valores de mercado razoáveis.

Por que isso importa? Os altos valores investidos ajudam a que essas empresas impulsionem medicamentos por meio de estudos clĂ­nicos e reduzam um dos maiores riscos da biotecnologia: que uma empresa fique sem dinheiro antes que o seu medicamento mostre potencial.

Maaas… Nem tudo sĂŁo flores. Startups que levantam mega rodadas com um valuation elevado — como no caso da Xaira Therapeutics —  tambĂ©m podem enfrentar pressĂŁo para crescer rapidamente. 

Apesar do otimismo atual, o montante total investido em biotech — independente do valor do cheque — tem sido, por ora, menor. Foram US$ 15,3 bilhões no primeiro semestre de 2024 vs. US$ 36,6 bi em todo 2021

Além da biotecnologia e da AI — que teve 26 mega rodadas —, outro setor em alta com as VCs é o da cibersegurança, com 16 acordos de pelo menos US$ 100 milhões neste ano.

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