30/05/2024

descanso

boa tarde. quase tudo vai funcionar novamente se você desligar por alguns momentos, inclusive você. pegue seu café — sem açúcar, de preferência — e aproveite a leitura.

Como o Waze chamou a atenção do Google
INFOGRÁFICO #272

Entre os muitos avanços tecnológicos que ocorreram neste milênio, talvez um dos que mais tenha impactado a vida das pessoas seja a evolução dos sistemas de navegação.

  • Do mapa físico — tão grande quanto o para-brisa de um carro — ao GPS mais tijolão, aos aplicativos que todos amam. 🗺️

A verdade é que, hoje, o medo de dirigir e se perder é cada vez menor por conta do fácil acesso a mapas e sistemas de navegação.

🇨🇳 Na China, por exemplo, os dois principais aplicativos, Gaode e Baidu, tinham, juntos, quase 1,2 bilhão de usuários ativos mensais em fevereiro deste ano.

Fora do país asiático, dois nomes possuem uma ampla presença global: o Google Maps e a isrealense Moovit, ambas com mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais.

No entanto, uma das grandes responsáveis por esse aprimoramento nos sistemas de navegação é outra empresa nascida em Israel: o Waze.

Do poder da comunidade à venda para o Google

Começando do começo. Em 2006, um dos co-fundadores, Ehud Shabtai, fundou um projeto comunitário — e de código aberto — conhecido como FreeMap Israel.

🎯 O objetivo: Criar, com a assistência de usuários voluntários do país, um banco de dados de mapeamento digital de Israel compilado na língua hebraica que teria:

  • Conteúdo;

  • Atualizações;

  • Distribuição.

🆓 O melhor de tudo: seria grátis.

À época, as empresas que tinham as maiores bases de dados para mapas cobravam muito para licenciá-los ou vendê-los.

Para isso, os voluntários teriam que dirigir pelas ruas de Israel e deixar que o Waze rastreasse seus movimentos por meio de um chip de GPS instalado em seus celulares.

Logo, teriam que conectar o celular ao computador e “identificar manualmente as ruas, preenchendo dezenas de pontos de metadados” dentro do mapa em branco no app. Abaixo, um vídeo bem legal que encontramos sobre a lógica da coisa:

As coisas começaram a decolar e, em 2008, junto a Amir Shinar e Uri Levine, ele decidiu transformá-la em uma empresa, agora com o nome de Waze. No mesmo ano, levantaram US$ 67 milhões.

🤔 O “problema”. Para gerar esse tipo de dados em escala, a empresa precisaria de milhares de voluntários.

Eis que entra o combo gamificação + regra do 1%.

Nessa regra, 1% dos usuários são considerados criadores ativos, 9% contribuem ocasionalmente com engajamento e 90% estão presentes, mas raramente colaboram.

No caso do Waze, como já existia uma motivação para esse 1%, a empresa “criou uma camada de gamificação para incentivar os 9%”.

  • Com isso, ganhavam-se pontos que poderiam ser usados em bens virtuais em troca de sua contribuição.

E assim criou-se o molho secreto do Waze, uma comunidade de pessoas “trabalhando” pelo mesmo objetivo.

Maaass… Muito além do poder da comunidade, um dos maiores impulsionadores do Waze foi o CEO da Apple Tim Cook… Ou melhor, uma frase dita por ele.

Em 2012, a empresa da maçã lançou seu app de mapas e, logicamente, substituiu o Google como opção de navegação padrão no iPhone.

  • O problema foi que as versões lançadas estavam inacabadas, apresentando vários problemas e, consequentemente, gerando várias críticas.

O que Cook fez? Se desculpou e disse a seguinte frase:

Enquanto melhoramos o Maps, você pode tentar alternativas baixando aplicativos de mapas da App Store, como Bing, MapQuest e Waze, ou usar os mapas do Google, ou Nokia…

Tim Cook

Segundo o ex-CEO do Waze, Noam Bardin, esse foi o momento de revelação da empresa. A partir daí, as coisas começaram a acelerar.

Detalhe: Ao que parece, esse dia é celebrado todos os anos dentro da empresa como “Tim Cook Day”.

Fast-forward para junho de 2013, o Google anuncia a compra do Waze por cerca de US$ 1,3 bilhão — vencendo a competição de Facebook e Apple.

Hoje, usuários ainda podem entrar no “Editor de Mapas” do Waze e sugerir ajustes. Existe até uma enciclopédia, a Wazeopedia, que detalha as “regras” dessa comunidade.

A pergunta que não cala: Será que a voz clássica do Waze veio de um prêmio para algum usuário?

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Dando acesso a alimentação saudável a todos os brasileiros

SHOW YOUR BIZNESS #79 — TEMPORADA 7 • EP.79

🧐 Conheça a Mercado Diferente

A Mercado Diferente é uma startup que resgata alimentos fora dos padrões comerciais e trabalha diretamente com mais de 200 produtores rurais, para combater o desperdício e proporcionar uma alimentação saudável e acessível a todos os brasileiros.

A empresa possui um modelo de assinatura, no qual sugere a “caixa de compras” ideal para o consumidor que, por sua vez, pode editar essa caixa dentro de uma janela de tempo.

A empresa está comprometida em promover o consumo integral dos alimentos, evitando qualquer tipo de desperdício.

Para isso, eles utilizam uma IA proprietária, chamada de PitaIA, que ajuda os clientes a prepararem receitas com os itens recebidos em suas cestas.

💡 Como tudo começou?

O co-fundador e CEO Eduardo Petrelli já atua no setor de supermercados e delivery há algum tempo.

  • Em 2016, ele co-fundou o James Delivery, startup de encomenda e entregas por aplicativo adquirida pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA) em 2018.

Durante esse período, ele e seu sócio ficavam indignados que a dinâmica de compra dos supermercados era, em suas palavras, “a mesma desde os tempos dos nossos bisavós”.

Nós fazemos a lista de compras, vamos ao mercado ou à feira, ou entramos em um app, compramos, recebemos as compras, consumimos e repetimos esse processo quase todas as semanas”, comenta Petrelli.

Na visão de produto e tecnologia, essa jornada poderia ser muito mais simplificada. Logo, ele passou a estudar essa cadeia dos supermercados e começou a observar muita ineficiência.

Um delas foi a dificuldade de comprar itens perecíveis que fossem orgânicos e de qualidade. Para conseguí-los, o melhor local era a feira, mas no horário certo.

Outro ponto de destaque foi que a cadeia de supermercados tinha 5 intermediários e 1/3 do valor dessa cadeia era desperdiçado.

Ao investigar mais a fundo sobre o porquê desse desperdício todo, ele encontrou três motivos:

  • Ineficiência de demanda e oferta, de comprar mais ou menos um item que tenha um tempo de prateleira menor;

  • Problema estético, de um item ser um pouco maior ou menor;

  • Modelo tradicional dos supermercados, no qual se comprar um grande montante de itens e esperar o cliente vir escolhê-los.

Na visão de Petrelli, o mercado ideal era baseado em dados e não tinha a necessidade de ter um estoque.

Em 2021, ao estar concluindo a etapa de phase-out do GPA, o empresário estava analisando quais próximos passos de sua vida — chegando, inclusive, a considerar 1 ano sabático.

Após um mês “parado”, ele decidiu que iria começar algo novamente do zero e que pudesse ter um grande impacto no longo prazo.

Ao olhar para o mercado, ele notou que, à época, o mercado de varejo alimentar era apenas 2% digital.

Para fins comparativos, a cifra é de 10% nos EUA e de 20% na China.

É um dos últimos varejos a ser digitalizados na América Latina nessa proporção,” disse Petrelli. “E eu queria fazer parte dessa próxima digitalização”.

Nessa análise, ele notou que estavam começando os modelos de ultra conveniência, com compras muito rápidas. No entanto, o consumidor que paga por esse serviço se encaixa nos 2% do varejo que já é digital.

💡Daí surgiu a ideia de criar uma solução acessível para quem estivesse fora desse percentual, de estabelecer um modelo de negócios focado em baratear os custos de compra de quem cozinha de forma recorrente. 

  • Segundo o fundador, 80% das famílias cozinham todos os dias no Brasil.

Nós queríamos ser esse item perecível mais acessível e extremamente fresco para esse consumidor”, relembra Petrelli.

Ele, junto a Paulo Monçores, começou a pensar do zero como seria uma experiência de um supermercado digital que colocaria o consumidor no centro de todas as decisões.

Eis que, na virada de 2021 para 2022, nascia a Mercado Diferente.

Atualmente, mais de 90% dos clientes da empresa não comprava online.

O adeus a um gigante de popularidade
EXTRA

Lembra dele? Após 28 anos, o ICQ está “fechando suas portas”. O serviço de mensagem foi altamente popular no início do milênio.

No seu auge, por volta de 2001, o ICQ tinha mais de 100 milhões de contas registradas.

Para os mais velhos de plantão, qual serviço de mensagem você usava na época?

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Para fechar, algumas sugestões de filmes para o final de semana
DICAS DO ESTAGIÃRIO

O Lobo de Wall Street

Dirigido por: Martin Scorsese

Estrelado por: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill e Margot Robbie

Disponível no Max e no Prime Video

O Diabo Veste Prada

Dirigido por: David Frankel

Estrelado por: Meryl Streep, Anne Hathaway e Emily Blunt

Disponível no Star+

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