🇺🇸 Uma posse trilionária. Em janeiro, alguns dos homens mais ricos do planeta — incluindo quase 100% do Top 5 da época, com exceção de Larry Ellison — se reuniram em Washington para a posse de Donald Trump como presidente dos EUA, dando o tom do que viveríamos ao longo do ano.

Não é à toa que, poucos dias depois, Trump anunciou o Stargate, projeto de US$ 500 bilhões liderado pela OpenAI, SoftBank e Oracle para avançar a infraestrutura de inteligência artificial da terra do Tio Sam.

Ainda nos Estados Unidos, outro destaque dos primeiros meses de 2025 foi o mini-crash da Bolsa americana, que em março chegou a apagar US$ 1,6 trilhão em valor de mercado em um único dia.

Para se ter uma ideia da dimensão, em 10/03, as perdas já somavam US$ 4 trilhões desde a posse presidencial em janeiro.

O movimento foi puxado principalmente pelo pacote de tarifas e pela própria sinalização de Trump de que os EUA poderiam encerrar o ano em recessão — o que acendeu o alerta entre investidores e empreendedores.

Em maio, uma notícia pegou o mundo de surpresa: aos 94 anos, o lendário investidor Warren Buffett anunciou sua aposentadoria da Berkshire Hathaway, indicando Greg Abel como seu sucessor.

O momento do anúncio — feito durante a conferência anual da Berkshire, em Omaha — entrou para a história e viralizou. A longa sequência de aplausos recebida por Buffett simbolizou o reconhecimento do encerramento de uma era e o tamanho do legado deixado para o mundo dos negócios e dos investimentos.

Já no mundo dos games, a Nintendo fez história mais uma vez com o lançamento do Switch 2. O console tornou-se o lançamento mais rápido da história da empresa em termos de vendas — até setembro, já eram mais de 10 milhões de unidades vendidas.

Mais do que um novo hardware, o Switch 2 representa um avanço claro no plano da Nintendo de se consolidar como uma gigante do entretenimento. O console amplia seu alcance para além dos games e se posiciona para competir diretamente com nomes como a Disney.

PS: Contamos esse case aqui.

Em julho, a Nvidia tornou-se a primeira empresa a alcançar US$ 4 trilhões em valor de mercado, impulsionada pela explosão da demanda por chips de inteligência artificial — o que também reacendeu o debate sobre uma possível bolha no mercado de AI.

Mais do que um recorde financeiro, o momento evidenciou que a companhia deixou de ser apenas uma fabricante de semicondutores, passando a ocupar papel central na infraestrutura da economia digital.

Dois meses depois, reforçou essa posição ao anunciar um investimento de US$ 100 bilhões na OpenAI, incluindo o fornecimento de chips à empresa de Sam Altman e a aquisição de participações não controladoras.

Em setembro de 2025, a indústria de games “parou” com a seguinte notícia: a Electronic Arts foi vendida por US$ 55 bilhões em um acordo liderado pelo fundo soberano da 🇸🇦 Arábia Saudita (PIF), o maior leveraged buyout já registrado no setor, tirando a “ex-dona do FIFA” da bolsa.

A aquisição da EA, além de consolidar a Arábia Saudita como um dos centros de poder dos games, após o avanço do país em mobile, eSports e participações estratégicas, marcou um ponto de virada na corrida pelo controle da indústria global de entretenimento digital.

No último trimestre do ano, a Ambipar, empresa brasileira de gestão ambiental e resposta a emergências, pediu recuperação judicial após uma rápida deterioração financeira. Em outubro, a companhia entrou com o pedido no Brasil e nos EUA, com dívida estimada em R$ 10,7 bilhões, pressionada por alta alavancagem, perda de confiança do mercado e problemas de liquidez.

Outro caso emblemático foi o do Banco Master, que teve um desfecho ainda mais duro. Em novembro, o Banco Central decretou sua liquidação extrajudicial, citando insolvência e falhas graves de gestão. A crise atingiu investidores de CDBs, acionou o FGC e virou um dos episódios mais barulhentos do ano no mercado brasileiro.

Para fechar o ano com chave de ouro, iniciou-se uma das batalhas mais acirradas por uma empresa nos últimos anos — e que está longe de acabar.

No começo de dezembro, a Netflix anunciou um acordo para comprar a Warner Bros. Discovery por cerca de US$ 82,7 bilhões, movimento que a colocou no centro de Hollywood e reacendeu a corrida por escala no streaming.

Poucos dias depois, em 8 de dezembro, a Paramount respondeu com uma oferta hostil de cerca de US$ 108,4 bilhões, feita aos acionistas da WBD. O conselho rejeitou a proposta, manteve o acordo com a Netflix e encerrou o ano com a disputa ainda em aberto. Veja aqui a linha do tempo.

1º de abril. Para começar o mês, apresentamos o ranking dos carros mais baratos do Brasil em março de 2025.

Naquela altura do ano, ainda no primeiro trimestre, o Citroën C3 (na versão inicial) era o carro mais barato no país, superando o Fiat Mobi, que liderava o ranking em 2024.

20 de maio. No Brasileirão do endividamento — e nosso gráfico mais engajado do ano — o Corinthians era o líder absoluto do ranking, com R$ 1,9 bilhão em dívidas, seguido pelo Atlético-MG, com R$ 1,4 bi. Em ambos os casos, boa parte das dívidas decorre dos estádios.

Se somássemos as dívidas dos 20 clubes mais endividados do país naquele momento, o valor chegaria a R$ 12 bilhões, o equivalente a 10 vezes o próprio estádio do “Timão”, a Neo Química Arena.

26 de junho. Quando o assunto é o mercado imobiliário, o topo do ranking não trouxe novidades: Balneário Camboriú liderou o ranking das cidades mais caras em maio, com R$ 14.698 por metro quadrado.

Superando metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, BC é lidera a classificação desde 2022, consolidando sua posição como a “Dubai brasileira”.

8 de julho. E para fechar o nosso top 4 dos gráficos que mais engajaram em 2025, tivemos carros novamente — porém, neste caso, os mais vendidos do país no primeiro semestre.

Apesar de não figurar entre os veículos mais baratos de março, a Strada, da Fiat, foi o veículo mais vendido da primeira metade do ano — e a única picape do ranking — com 62 mil unidades emplacadas.