A ascensão e a queda da Bird

A ascensão e a queda da Bird
CASE

(Imagem: slate | Reprodução)

As bikes elétricas já foram a moda da vez aqui no Brasil, com a startup Yellow chegando a levantar mais de US$ 60 milhões em apenas um mês após começar as suas operações em 2018.

Infelizmente, esse valor não foi o suficiente para impedir a falência da empresa poucos anos depois. No caso da americana Bird, a história demorou um pouquinho mais a se desenvolver, mas o desfecho foi o mesmo: falência.

O unicórnio da micromobilidade… 🚲

Fundada em setembro de 2017, a Bird atingiu a marca de US$ 1 bilhão em menos de um ano — a mais rápida de todos os tempos. Na época, a tese era que a empresa tinha o potencial de ser um novo Uber.

Tendo em conta que hoje as scooters da empresa podem ser encontradas em mais de 350 cidades ao redor do mundo, eles até chegaram próximo do objetivo.

Em 2019, a startup já valia US$ 2,5 bilhões e tudo parecia bem encaminhado para a nova gigante da mobilidade.

A tempestade perfeita 🚳

Geralmente, são vários e diversos erros que levam uma empresa a pedir falência. Falando da Bird, de início o negócio já foi duramente atingido pelos lockdowns da COVID-19, que reduziram o número de passageiros.

Isso somado as taxas de juros mais altas e o fim da era do dinheiro barato — aumento das taxas de juros — provocaram um rombo nas contas da empresa.

  • Na verdade, a Bird nunca descobriu realmente como ganhar dinheiro.

Fazendo as contas... 🤔

Desde 2018, a empresa acumulou mais de US$ 1,6 bilhão em perdas líquidas, com apenas US$ 10,2 milhões em caixa no final de setembro.

Nesse mesmo mês, a empresa foi retirada da bolsa de New York depois de não ter conseguido manter um valor de mercado superior a US$ 15 milhões por 30 dias consecutivos.⁣😨

Agora a Bird será essencialmente adquirida pelos seus credores que ainda acreditam em restruturar o negócio, mais um caso de uma startup que ousou sonhar o impossível e descobriu que tudo tem limites.