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A busca pelo status de maior do planeta 🌍

A busca pelo status de maior do planeta 🌍
INFOGRÁFICO #241

Isso não tem nada a ver com esporte, mas com o poder de certas empresas e como o seu impacto — majoritariamente financeiro — é recompensado por cifras exorbitantes em Wall Street.

E neste momento, quem está prevalecendo é a Microsoft, que desbancou a Apple como a empresa mais valiosa do mundo na semana passada e, sacramentou essa vitória, mesmo que parcial, após resultados expressivos obtidos no último trimestre.

A empresa fundada por Bill Gates e Paul Allen teve um faturamento de US$ 62 bilhões nos últimos três meses de 2023, um crescimento de quase 18% ano a ano e o quarto trimestre consecutivo de aceleração do crescimento da receita.

Essa constância de bons resultados são frutos de um trabalho que foi instaurado há quase 10 anos quando Satya Nadella assumiu o posto de CEO da Microsoft no dia 4 de fevereiro de 2014. Abaixo o que ele escreveu após sua nomeação:

“A oportunidade que a Microsoft tem pela frente é vasta, mas para aproveitá-la temos que ter um foco muito claro, avançar de forma mais ágil e nos transformar constantemente”

Foi justamente essa transformação, essa adoção de uma postura mais ofensiva, que fez com a Microsoft avançasse tanto nos últimos anos, aumentando seu faturamento anual em mais de 172% entre 2013 e 2023.

Antes da era Nadella, a Microsoft tinha uma reputação de se adaptar lentamente às principais tendências.

De dentro para fora. Um dos passos iniciais mais importantes de sua gestão foi “apertar o F5” e embarcar em uma jornada para redescobrir a alma da Microsoft e poder, assim, criar um futuro melhor para a empresa.

Foi uma revisão completa — equipe por equipe, produto por produto. Tudo para que seus funcionários estivessem preparados para lidar tanto com as constantes mudanças no cenário tech quanto para colaborar entre si.

Por falar em colaboração… Nadella demostrou que não havia por que não abraçar parcerias estratégicas, mesmo com rivais como Apple, Google e Amazon.

  • Ele supervisionou o lançamento do Microsoft Office para o iPad da Apple e lançou aplicativos tanto para iPhone quanto para Android, incluindo Outlook.

Partindo dessa mentalidade que ele deu luz verde para que a Microsoft colaborasse com uma tal de OpenAI lá em 2016, permitindo que eles operassem sua tecnologia nos servidores da Azure em troca de acesso a essas ferramentas.

Fast-forward para 2023: Essa parceria se estreitou ainda mais após a Nadella autorizar um cheque de US$ 13 bilhões na startup liderada por Sam Altman.

A decisão ousada de integrar a tecnologia da OpenAI em produtos como Bing, Office e especialmente na Azure, começou a refletir na receita da Microsoft.

Olhando para frente: O grande sucesso obtido por Nadella e companhia com a IA pode ter dado a Microsoft uma bela de uma vantagem perante a seus concorrentes.

Para especialistas, no entanto, o maior desafio do executivo daqui em adiante será conseguir levar a gigante de tecnologia ao próximo nível, tornando lucrativos esses produtos baseados em Inteligência Artificial.

Vale lembrar que a Microsoft também está desenvolvendo um “companheiro de IA” generativo chamado Copilot para ser integrado ao seu conjunto de apps.

Por último, mas não menos importante, é bom ficar de olho no segmento de games da empresa.

Hoje, o segmento já representa 7% do faturamento anual da empresa e teve uma alta de 49 no quarto trimestre de 2023. Com o negócio da Activision finalmente concluído, essa vertical certamente está otimista para 2024. Vovô Gates deve estar feliz da vida…