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👑 “Deus Salve a Rainha”… Do streaming

👑 “Deus Salve a Rainha”… Do streaming
INFOGRÁFICO #239

É… Se ao longo dos últimos anos existiu uma discussão sobre quem seria o vencedor da “guerra dos streamings”, os acontecimentos desta semana certamente deixarão essa pauta de molho por um tempo.

Não teve para ninguém. A Netflix adicionou mais de 13 milhões de assinantes nos últimos três meses de 2023, seu melhor desempenho trimestral desde o início da pandemia — surpreendendo Wall Street.

O resultado não apenas fez com que a gigante do streaming ultrapassasse a marca dos 260 milhões de assinantes globais, como a deixou mais isolada na liderança desse segmento.

Enquanto isso, sua maior concorrente, a Disney+, viu em 2023 um ano para ficar no esquecimento, com 3 trimestres de queda no número de inscritos.

Mesmo combinando 3 de seus streamings — Disney+, Hulu e ESPN+ —, a empresa do Mickey teria em torno de 230 milhões. Waltinho não iria curtir isso.

🗣 “Vocês vão ter que me engolir”

Quando foi divulgado que a Netflix estava testando uma nova funcionalidade para combater o compartilhamento de senhas em março de 2022, poucos acreditaram que essa medida daria certo e seria expandida globalmente.

Quatorze meses depois, esse anúncio finalmente chegou e gerou uma avalanche de críticas — ressuscitando esse tweet de 2017. O print é eterno. risos.

Muitos achavam que essa iniciativa seria um tiro no pé, especialmente porque a empresa seria o único serviço de streaming a impor essa limitação.

“Achou errado, ótario”. Em seu último relatório fiscal, a Netflix disse que os planos de compartilhamento pago contribuíram tanto para o crescimento de receita quanto de assinantes da companhia no último trimestre.

  • O aumento nos preços das assinaturas também ajudou no faturamento.

Por outro lado, a outra investida polêmica da empresa, o plano com publicidade, também tem mostrado que tem seus adeptos. No começo do ano, a Netflix disse que já tinha mais de 23 milhões de usuários ativos mensais.

Mesmo que muitos potenciais anunciantes estejam esperando para que esse número cresça, estima-se que a Netflix obtenha mais de US$ 1 bilhão em receita via anúncios em 2024.

A empresa também planeja possibilitar a exibição de QR codes em criativos publicitários veiculados na Netflix nos EUA neste começo de ano.

Ainda sobre publicidade…

A gigante do streaming quer expandir globalmente a sua proposta de patrocínios, especialmente no que diz respeito aos modelos de “patrocínio por título único” e “patrocínios de eventos ao vivo”.

Explicando: O “patrocínio por título único” seria a compra de uma cota exclusiva de uma série, programa ou filme. Algo como um patrocinador de um evento.

Já em relação aos eventos ao vivo, a companhia teve nomes fortes como Nespresso, T-Mobile e American Express em sua “Netflix Cup”, que reuniu golfistas e pilotos da Fórmula 1 em uma “competição” em Las Vegas. Relembre aqui.

Para se ter uma dimensão da coisa, o preço para patrocinar esse evento foi de US$ 2 milhões.

Falando nisso…

A empresa deve investir bastante nesse âmbito em 2024. Como comentamos na edição semana passada, a Netflix será a responsável por transmitir a edição de 2024 do “SAG Awards”, prêmio do Sindicato dos Atores, no final de fevereiro.

Já em março, a gigante do streaming voltará a Las Vegas para trazer o “The Netflix Slam”, um confronto geracional entre dois importantes tenistas espanhóis, Rafael Nadal e Carlos Alcaraz.

No entanto, a maior “aposta” da companhia nesse meio acabou de ser anunciada. Depois de anos dizendo não estar interessada, a Netflix finalmente vai transmitir esportes ao vivo…

Para isso, a empresa vai desembolsar US$ 5 bilhões ao longo de 10 anos pelos direitos de transmissão do “Monday Night Raw”, principal show da WWE — a maior entidade quando o assunto é luta livre.

  • O acordo também marcará a primeira vez em 31 anos que o “Raw” não será transmitido na televisão tradicional.

Como se isso não fosse o suficiente, a Netflix poderá conta com a imagem de Dwayne “The Rock” Johnson para possivelmente promover os eventos da WWE quando o acordo começar a rodar em 2025.

Isso porque o astro de Hollywood agora faz parte do conselho administrativo da TKO, controladora da WWE (e também do UFC).

Looking forward

Depois do sucesso que a empresa teve com a adaptação live-action de One Piece, possivelmente teremos mais conteúdos relacionados a anime e mangá na plataforma.

Mesmo que você não consuma esse tipo de conteúdo no seu sábado chuvoso, segundo a própria Netflix, uma vantagem dessas histórias é que já carregam uma audiência global gigantesca.

  • No caso de One Piece, por exemplo, foram mais de 516 milhões de cópias vendidas das histórias em quadrinhos, desde 1997. Mercado gigante.

O próximo teste de fogo será “Avatar: O Último Mestre do Ar”, que chega na Netflix no final de fevereiro.