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🎙️ EXCLUSIVO: Como Fanta está conquistando espaço na nova ecnomia da atenção

O the news conversou com Ibrahim Salim, VP de marketing da marca, para entender o que está por trás da nova campanha e da estratégia de Fanta.

Na última semana, o the news esteve em Nova York, nos EUA, para acompanhar o lançamento da nova campanha global de Fanta para o Halloween.

Durante o evento, o Vice-Presidente de marketing da marca, Ibrahim Salim, concedeu uma entrevista exclusiva revelando o que está por trás da campanha e a estratégia que Fanta está seguindo para crescer na nova economia da atenção — explorando parcerias e a nostalgia digital.

Imagem: Ibrahim Salim/Linkedin

Marcela (the news): Em tempos em que a atenção está mais fragmentada do que nunca — e todo mundo quer vídeos curtíssimos —, como a Fanta continua relevante e chamando atenção?

Ibrahim Salim Khan (Fanta): Essa é uma ótima pergunta — e algo para o qual temos caminhado de forma muito intencional. Eu costumo dizer que, como marcas, nós não seguramos mais o microfone. Houve um tempo em que fazíamos um filme, colocávamos na TV, as pessoas assistiam — e pronto. Esse tempo acabou. Hoje, quem segura o microfone são os fãs: eles veem, interagem e falam sobre você.

Então, para sermos culturalmente relevantes, precisamos criar experiências autênticas e envolventes — coisas que as pessoas realmente gostem e queiram comentar depois. Foi daí que veio a ideia de trabalhar o Halloween. Nesta data, as pessoas não querem um comercial de TV — querem celebração dos fandoms e experiências divertidas. Quando você cria isso, elas falam da marca. É assim que pensamos.

TN: A parceria com Universal e Blumhouse mostra um lado sofisticado do marketing de entretenimento. Fanta está se tornando tanto marca de entretenimento quanto de refrigerante?

Ibrahim: Eu adoro essa pergunta, porque foi no mês passado que começamos oficialmente a dizer que Fanta é uma marca de entretenimento. Ela sempre foi, mas enquanto Coca-Cola e Sprite têm um posicionamento mais ligado a lifestyle, Fanta é essencialmente entretenimento — e isso hoje significa estar perto do que os adolescentes amam.

Nosso foco principal é games e filmes — nosso território natural. E, ao lado disso, snacks que combinam com o momento de diversão. Então, sim: estamos construindo Fanta como a única marca de entretenimento na categoria de refrigerantes.

TN: A nostalgia digital voltou com força. Como usar personagens clássicos para se conectar com a Geração Z, mesmo sem eles terem crescido com esses ícones?

Ibrahim: Fanta está em 180 países — com públicos de todas as idades. Mesmo focando nos adolescentes, buscamos apelo intergeracional e global. A escolha dos personagens foi deliberada:

  • Chucky é um ícone multigeracional — mesmo sem ver o filme, você sabe quem ele é. Ele virou símbolo pop.

  • Ao mesmo tempo, incluímos personagens da Gen Z, como Five Nights at Freddy’s e M3GAN.

Muitos colegas nem conheciam, mas os dados mostraram a força entre adolescentes — e o retorno confirmou. Cada personagem tem função clara no lineup — quem atrai, como conecta e qual papel na narrativa da campanha.

TN: O Halloween tem expressões bem diferentes pelo mundo. Quais foram os aprendizados ao adaptar a campanha global para mercados como EUA e Brasil?

Ibrahim: Os EUA são o centro cultural do Halloween — tudo começa lá. Mas a forma como a data se manifesta varia bastante entre países.

A América Latina é a região mais próxima dos EUA nesse espírito — fantasia, diversão e tradições. Não é igual, mas está muito perto. Na Europa, isso cresce nas grandes cidades. Quando eu morava em Xangai, também via fantasias — mas muitas pessoas nem sabiam o que era o Halloween. Era só “uma festa”.

O que garante relevância global são os ícones do terror. Mesmo sem Halloween, todo mundo sabe quem é o Chucky. Por isso, conseguimos ativações em 49 mercados. Até na Índia fizemos ação com o Chucky — mesmo sem celebrarem o Halloween, todos reconhecem. É assim que mantemos relevância mundial.

Você pode encontrar o LinkedIn do Ibrahim aqui.