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Um segmento que tem muito a dizer… Em muitas palavras

Um segmento que tem muito a dizer… Em muitas palavras
INFOGRÁFICO #244

Este é o mercado dos livros. Para muitos, as centenas de páginas repletas de caracteres e frases inspiradoras são utilizadas como fontes tanto de refúgio quanto de estudo.

  • Para outros, o hábito da leitura nunca foi incorporado, seja pela falta de costume dentro de casa ou como consequência das leituras obrigatórias nos tempos de colégio e faculdade.

Junte isso a um volume cada vez maior de conteúdo disponibilizado em diferentes formatos e você tem uma indústria que segue viva, mas vivenciando várias oscilações.

Em 2023, foram US$ 78 bilhões arrecadados globalmente com a venda de livros, cifra superior à do ano anterior, porém quase 8% abaixo do montante obtido em 2021.

A projeção para 2027 é otimista, prevendo alcançar os US$ 82,7 bilhões. Esse valor, no entanto, não supera o que foi movimentado em 2017, 2018, 2019 e 2021.

Falando de Brasil… 🇧🇷

Por aqui, uma pesquisa inédita mostrou que somos aproximadamente 25 milhões de consumidores de livros, com 74% desses tendo interesse em adquirir novos exemplares entre janeiro e março de 2024.

  • Ainda assim, somente 16% dos brasileiros acima de 18 anos compraram pelo menos 1 livro no ano passado, número não muito animador.

Ao todo, foram vendidos 54,4 milhões de livros em 2023, uma queda de 7% na comparação ano a ano e também abaixo do número obtido em 2021.

O faturamento total também ficou abaixo por aqui, registrando R$ 2,52 bilhões em 2023 vs R$ 2,54 bilhões do ano anterior.

Esse decréscimo é consequência, em parte, das dificuldades que o mercado editorial encontrou na procura por alternativas que pudessem preencher, mesmo que parcialmente, o “espaço” de livrarias físicas que saíram do mercado.

☠️ Foi realmente trágico…. A Saraiva, que já foi a maior rede de livrarias no país com cerca de 100 unidades espalhadas pelo Brasil, pediu falência no fim de 2023 em meio à dívida de R$ 675 milhões.

  • Meses antes, em maio, a justiça decretou novamente a falência da Livraria Cultura. No entanto, a empresa conseguiu uma liminar para reverter a situação no mês seguinte.

Ao todo, o Brasil fechou o ano com quase 3.000 livrarias, queda de 1,8% na comparação ano a ano.

Já no online… A situação está diferente. As lojas exclusivamente digitais superaram o faturamento das livrarias em 2023.

No ano anterior, o e-commerce já representava 35% da receita das editoras de livros (vs. 27% das livrarias).

Outro sinal de vida para o mercado de livros brasileiro tem o sido o de plataformas como Skeelo, que oferecem distribuição e acesso e livros eletrônicos (os famosos e-books), audiolivros e até histórias em quadrinhos.

São mais de 220 mil títulos disponíveis e mais de 1,3 bilhão de minutos consumidos desde sua fundação em 2019.

Falando em audiobooks… A Amazon — que em 2019 já era responsável por 80% da venda de e-books por aqui — comunicou recentemente o desejo de “desenvolver” o segmento no Brasil por meio da Audible.

(Imagem: Audible | Reprodução)

Isso porque o mercado de brasileiro de audiolivros representou apenas 1% dos R$ 131 milhões movimentados através dos livros digitais em 2022.

Para isso, passou a oferecer em torno de 600 mil títulos, sendo 4 mil deles em português.

Esse setor, inclusive, deve chegar a US$ 35 bilhões em valor de mercado até 2030.

Por último, o que pareceria ser um dos grandes inimigos dos livros físicos — as redes sociais — ironicamente está sendo uma das principais vitrines para inúmeras obras literárias.

Para se ter uma ideia, a #BookTok já possui mais de 200 bilhões de visualizações no TikTok e, em 2021, havia ajudado a vender cerca de 20 milhões de exemplares.

No Brasil, a #BookTokBrasil já tem mais de 14 bilhões de visualizações na rede social chinesa e deu mais visibilidade a autores nacionais. Agora é ver como será a maturação desse fenômeno nos próximos anos.